Economia Comportamental: Delineamento de um Experimento com o Marcador Biológico 2D:4D

Autores

  • Michel Constantino Universidade Católica Dom Bosco
  • Ricardo Garcia Universidade Católica Dom Bosco
  • Dany Mendes Centro Universitário de Brasília, Brasília, DF
  • Frederico Kochhann dos Santos Universidade Católica Dom Bosco, Campus Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
  • Eduardo Silva Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais – IBMEC, Brasília, DF

DOI:

https://doi.org/10.20435/pssa.v10i1.466

Palavras-chave:

economia comportamental, experimento, delineamento, 2D, 4D, tomada de decisão.

Resumo

O objetivo deste artigo é demonstrar o delineamento de um experimento na área de economia comportamental e a inclusão do viés cognitivo a partir do marcador biológico razão 2D:4D com base nas pesquisas de (Fernandes et al., 2006; Dreber e Hoffman, 2007); Teixeira, 2013; Teixeira et al., 2014 e Silva & Tabak, 2015). Um crescente número de pesquisas vem tentando entender a natureza do comportamento humano adicionando fatores biológicos, em especial a exposição ao hormônio testosterona. A razão 2D:4D é um indicativo de que muitos traços de personalidade serão desenvolvidos ao longo da vida em especial o de aversão ao risco. Assim, é importante delinear a metodologia de investigação que trata da relação entre exposição ao hormônio testosterona e o processo de tomada de decisão do indivíduo na área de Economia Comportamental.

Biografia do Autor

Michel Constantino, Universidade Católica Dom Bosco

Doutor em Economia pela Universidade Católica de Brasília (UCB), Mestre em Desenvolvimento Local (UCDB) e Administrador. Professor nos Programas de Doutorado em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária e em Desenvolvimento Local. Pesquisador da área de Políticas Públicas Agroambientais, Economia Comportamental, Economia Regional e Econometria (Métodos Quantitativos). Pesquisador Visitante do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada - IPEA-Brasília, DF. Vice Coordenador do Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Local da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

Ricardo Garcia, Universidade Católica Dom Bosco

Professor na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Doutorando em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária na UCDB. Mestrado em Administração pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Coordenador dos cursos de especialização em Gestão Pública e em Gestão de Micro e Pequenas Empresas, na modalidade à distância, também na UCDB. Pesquisador colaborador do projeto de pesquisa Economia Comportamental e Sustentabilidade.

Dany Mendes, Centro Universitário de Brasília, Brasília, DF

Mestrado em Análise Econômica do Direito pela Universidade Católica de Brasília (UCB, 2014). Pesquisador. Membro de corpo editorial da Revista Psicologia e Saúde e revisor de 17 periódicos. Consultor, com experiência nos setores público e privado, e Advogado. Tem experiência nas áreas do Direito e da Economia, com ênfase em Direito Empresarial, Propriedade Intelectual, Análise Econômica do Direito, Políticas Públicas, Economia Comportamental e Direito Econômico.

Frederico Kochhann dos Santos, Universidade Católica Dom Bosco, Campus Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Mestrado em Desenvolvimento Local pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Membro do Grupo de Pesquisa em Economia Comportamental.

Eduardo Silva, Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais – IBMEC, Brasília, DF

Doutor e Mestre em Economia pela Universidade Católica de Brasília (UCB); Pós Graduado em Matemática e Estatística (FACITEC). Professor IBMEC, DF, nos cursos MBA Executivo e CBA Gestão de negócios. Professor nível IV da UNIPLAN, DF. Instrutor da Universidade Caixa (UC). Consultor Matriz na Gerência Nacional de Monitoração e Validação dos Modelos de Risco da Caixa Econômica Federal. Editor da Revista Psicologia e Saúde. Pesquisa e escreve sobre a implantação do Acordo Internacional de Basileia no Brasil, Análise da Eficiência Bancária, Finanças, Economia Comportamental, Psicologia Econômica e Análise Econômica do Direito.

Referências

Arnold, A. P., & Breedlove, S. M. (1985). Organizational and activational effects of sex steroids on brain and behavior: A reanalysis. Hormones and Behavior, 19(4), 469-498.

Bernoulli, D. (1954). Exposition of a new theory on the measurement of risk. Econometrica, 22(1), 23-36.

Brown, M. W., Hines, M., Fane, B. A., & Breedlove, S. M. (2002). Masculinized finger length patterns in human males and females with congenital adrenal hyperplasia. Hormones and Behavior, 42(4), 380-386.

Camerer, C. F., Loewenstein, G., & Rabin, M. (2003). Advances in behavioral economics. Princeton, Nova Jersey, EUA: Princeton University Press.

CAPES. (s.d.). Portal de Periódicos da Capes. Disponível em http://www-periodicos-capes-gov-br.ez288.periodicos.capes.gov.br/

Charness, G., & Gneezy, U. (2012). Strong evidence for gender differences in risk taking. Journal of Economic Behavior and Organization, 83(1), 50-58.

Coates, J. M., Gurnell, M., & Rustichini, A. (2009, Jan., 13). Second-to-fourth digit ratio predicts success among high-frequency financial traders. PNAS,106(2), 623-628.

Cooper, S. E., Goings, S. P., Kim, J. Y., & Woods, R. I. (2014). Testosterone enhances risk tolerance without altering motor impulsivity in male rats. Psychoneuroendocrinology, 40(1), 201-212.

Crawford, V. P. (1995, Jan.) Adaptive dynamics in coordination games. Econometrica, 63(1), 103-143.

Croson, R., & Gneezy, U. (2009). Gender differences in preferences. Journal of Economic Literature, 47(2), 1-27.

Davis, D., & Holt, C. (1993). Experimental economics. Princeton, New Jersey, EUA: Princeton University Press.

Debruine, L. M. (2006). Autometric software for measurement of 2d:4d ratios. Disponível em htpp://www.facelab.org/debruine/programs/autometric.

Dreber, A., & Hoffman, M. (2007). Risk preference are partly predetermined. Stockhom School of Economics. Manuscrito não publicado.

Dreber, A., & Hoffman, M. (2010). Biological Basis of Sex Differences in Risk Aversion and Competitiveness. Stockhom School of Economics. Manuscrito não publicado.

Ellsberg, D. (1961). Risk, ambiguity and the Savage axioms. Quartely Journal of Economics, 75, 643-669.

Fernandes, J. L. B., Peña, J. I., & Tabak, B. M. (2006). Miopic Loss Aversion and house-money effect overseas: An experimental approach. Working paper series, 115, 1-43.

Fink, B., Manning, J. T., & Nick, N. (2004). Second to fourth digit ratio and the big five personality factors. Personality and Individual Differences, 37(3), 495-503.

Friedman, M., & Savage, L. J. (1948). The utility analysis of choices involving risk. Journal of Political Economy, 56(4), 279-304.

Garbarino, E., Slonim, R., & Sydnor, J. (2011). Digit ratios (2D:4D) as predictors of risky decision making for both sexes. Journal of Risk and Uncertainty, 42, 1-46.

Gneezy, U., & Potters, J. (1997). An experiment on risk taking and evaluation periods. The Quarterly Journal of Economics, 112(2), 631-645.

Hastie, R. (2001). Problems for judgment and decision making. Annual Review of Psychology, 52, 653-683.

Hastie, R., & Dawes, R. (2010). Rational choice in an uncertain world: The Psychology of judgment and decision making (2a ed.). Pittsburgh: SAGE Publications.

Kahneman, D., & Tversky, A. (1974). Judgment under uncertainty: Heuristics and biases. Science, 185, 1124-1131.

Kahneman, D., & Tversky, A. (1979). Prospect theory: An analysis of decision under risk. Econometrica, 47(2), 263-291.

Kahneman, D., & Tversky, A. (2000). Choices, values, and frames. In D. Kahneman, A. Tversky (Eds.). Choices, values, and frames (pp. 1-16). Cambridge: Cambridge University Press.

Kühberger, A., Luger-Bazinger, C. (2016). Predicting framed decisions: Simulation or theory? Scientific Research Publishing, 7, 941-952.

Lutchmaya, S., Baron-Cohen, S., Raggatt, P., Knickmeyer, R., & Manning, J. T. (2004). 2nd to 4th digit ratios, fetal testosterone and estradiol. Early Human Development, v. 77(1-2), 23-28.

Manning, J. T., Scutt, D., Wilson, J., & Lewis-Jones, D. I. (1998). The ratio of the 2nd and 4th digit length: A predictor of sperm numbers and concentrations of testosterone, luteinizing hormone and oestrogen. Human Reproduction, 13, 3000-3004.

McIntyre, M. (2006). The use of digit ratios as markers for perinatal androgen action. Reproductive Biology and Endocrinology, v. 4(10), 1-9.

Mullainathan, S., & Thaler, H. R. (2000, Out.). Behavioral economics. NBER Working Paper Series n. 7948.

Ökten, A., Kalyouncu, M., & Yaris, N. (2002). The ratio of secondand fourth-digit lengths and congenital adrenal hyperplasia due to 21-hydroxylase deficiency. Early Human Development, 70(1-2), 47-54.

Pokorny, K. (2008). Pay-but do not pay too much an experimental study on the impact of incentives. Journal of Economic Behavior and Organization,66(2), 251-264.

Sapienza, P., Zingales, L., & Maestripieri, D. (2009, Sep., 8). Gender diferences in financial risk aversion and career choices are affected by testosterone. PNAS, 106(36), 15268-15273.

Shiller, R. J. (2013). Capitalism and financial innovation. Financial Analysts Journal, 69(1), 21-25. Disponível em https://www.cfapubs.org/doi/pdf/10.2469/faj.v69.n1.4

Silva, E. B. (2014). Razão 2D:4D e as decisões de investimento (Tese de doutorado, Universidade Católica de Brasília, Brasília, DF).

Silva, E. B., & Tabak, B. M. (2015). A importância da imagem como diferencial no mercado financeiro. Revista Serasa Experian, 93, 20-31.

Simon, H. A. (1955). A behavioral model of rational choice. The quarterly jornal of economics, 69(1), 99-118.

Simon, H. A. (1959). Theories of decision-making in economics and behavioral science. The American Economic Review, 49(3), 253-283.

Teixeira, A. M. (2013). Ensaios em economia comportamental: Uma investigação experimental para o marcador biológico 2D:4D (Tese de doutorado, Universidade de Brasília, Brasília, DF).

Teixeira, A. M., Tabak, B. M., & Cajueiro, D. O. (2014). The 2D:4D ratio and Myopic Loss Aversion (MLA): An experimental investigation. Trabalho apresentado no 42° Encontro Nacional de Economia da ANPEC.

Thaler, H. R. (1999). Mental accounting matters. Journal of Behavioral Decision Making, 12(3), 183-206.

Tversky, A., & Kahneman, D. (1974, Nov.). Loss aversion in riskless choice: A reference-dependent model. The Quarterly Journal of Economics, 106(4), 1039-1061.

Varian, H. R. (2003). Microeconomia: Princípios básicos. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier.

Von Neumann, J., & Morgenstern, O. (1944). Theory of games and economic behavior. Princenton, New Jersey, EUA: Princenton University Press.

Von Neuman, J., & Frechet, M. (1953). Communication on the borel notes. Econometrica, 21(1), 124-127.

Weber, R., & Camerer, F. C. (2006). "Behavioral experiments" in economics. Experimental Economics, 9, 187-192.

Downloads

Publicado

2018-03-23

Como Citar

Constantino, M., Garcia, R., Mendes, D., Santos, F. K. dos, & Silva, E. (2018). Economia Comportamental: Delineamento de um Experimento com o Marcador Biológico 2D:4D. Revista Psicologia E Saúde, 10(1), 31–45. https://doi.org/10.20435/pssa.v10i1.466

Edição

Seção

Artigos