Percepção de Usuários sobre um Programa de Cessação do Tabagismo
DOI:
https://doi.org/10.20435/pssa.v13i3.1355Palavras-chave:
estratégia de saúde da família, saúde pública, tabagismo, cessação do hábito de fumarResumo
A dependência do tabaco é um importante problema de Saúde Coletiva. Objetivo: Conhecer a percepção dos usuários sobre o programa de cessação do tabagismo no município de Água Clara, MS. Métodos: Foram realizados dois grupos focais com 15 usuários que realizaram o tratamento em uma Unidade Básica de Saúde. Resultados: Os resultados evidenciam que o processo grupal é importante no tratamento devido ao acolhimento que recebem do profissional e dos outros membros do grupo. Os usuários percebem o uso da medicação como fator determinante no tratamento e sugerem mudanças como a troca de experiências com ex-usuários do programa, psicoterapia individualizada, metodologias dinâmicas e agilidade nos atendimentos. Considerações finais: Os usuários destacaram como importantes a grupalidade para troca de experiências, bem como os materiais de apoio que recebem e a medicação. Na percepção deles, um maior vínculo com o médico e maior tempo de tratamento poderiam contribuir para a prevenção de recaídas.
Referências
Almeida, E. R., Moutinho, C. B., & Leite, M. T. (2016). Prática pedagógica de enfermeiros de saúde da família no desenvolvimento da educação em saúde. Interface – Comunicação, Saúde e Educação, 20(57), 389-402.
Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Bernardes, L., Menezes, H. F., Souza, I. M. (2020). Dilemas na implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde. Cadernos de Saúde Pública, 36(2), e00136919.
Bispo, E. P., Tavares, C. H., & Tomaz, J. M. (2014). Interdisciplinaridade no ensino em saúde: O olhar do preceptor na saúde da família. Interface – Comunicação, Saúde e Educação, 18(49), 337-350.
Brasil. Ministério da Saúde. (2015). Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: O cuidado da pessoa tabagista. Brasília, DF: Ministério da Saúde.
Bruning, M. C., Mosegui, G. B., & Vianna, C. M. (2012). A utilização da fitoterapia e de plantas medicinais em unidades básicas de saúde nos municípios de Cascavel e Foz do Iguaçu, Paraná: A visão dos profissionais de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 17(10), 2675-2711.
Feliciano, K. V. (2010). Abordagem qualitativa na avaliação em saúde. In: I. Samico, E. Felisberto, A. Figueiró, & P. Frias. (Orgs.), Avaliação em saúde: Bases conceituais e operacionais (pp. 29-41). Rio de Janeiro: MedBook.
Fontanella, B. J. (2010). Sintomas psicóticos e cognitivos associados à busca de tratamento por dependentes de substâncias: Um estudo qualitativo. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 59(2), 139-145.
Gatti, B. A. (2005). Grupo focal na pesquisa em ciências sociais e humanas. Brasília, DF: Líber Livro Editora.
Lima, M., Juca, V. J., Nunes, M. O., & Ottoni, V. E. (2012). Signos, significados e práticas de manejo da crise em centros de atenção psicossocial. Interface – Comunicação, Saúde e Educação, 16(41), 423-512.
Malta, D. C., & Mehry, E. E. (2010). O percurso da linha do cuidado sob a perspectiva das doenças crônicas não transmissíveis. Interface – Comunicação, Saúde e Educação, 14(34), 593-613.
Martins, K. C. (2009). “Eu queria, mas não conseguia...”: Aspectos relacionados à mudança do comportamento de fumar em participantes de grupos de tabagismo. (Dissertação de mestrado em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, DF).
Martins, K. C., & Seidl, E. M. (2011). Mudança do comportamento de fumar em participantes de grupos de tabagismo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 27(1), 55-64.
Medina, M. G., Silva, G. A., Aquino, R., & Hartz, Z. M. (2005). Uso de modelos teóricos na avaliação em saúde: aspectos conceituais e operacionais. In: Z. Hartz, & L. Silva (Orgs.), Avaliação em saúde: Dos modelos teóricos à prática na avaliação de programas e sistemas de saúde (pp. 41-64). Salvador: EDUFBA; Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Mendes, A. C. (2013). Análise de custos do programa de cessação do tabagismo no Sistema Único de Saúde. (Dissertação de Mestrado em Medicina Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás, Goiânia).
Merhy, E. E. (1998). A perda da dimensão cuidadora na produção da saúde – Uma discussão do modelo assistencial e da intervenção no seu modo de trabalhar a assistência. In C. Campos, D. Malta, A. Reis, A. Santos, & E. Merhy (Orgs.), Sistema único de saúde em Belo Horizonte: Reescrevendo o público (pp. 103-20). São Paulo: Xamã.
Mesquita, A. (2013). Avaliação de um programa de tratamento do tabagismo. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 15(2), 35-44.
Minayo, M. C. (2014). O desafio do conhecimento: Pesquisa qualitativa em saúde (14a ed.). São Paulo: Hucitec.
Naves, J. O., Castro, L. L., Carvalho, C. M., & Merchám-Hamann, E. (2010). Automedicação: Uma abordagem qualitativa de suas motivações. Ciência & Saúde Coletiva, 15(Supl. 1), 1751-1762.
Oliveira, H. M., Moretti-Pires, R. O, & Parente, R. C. P. (2011). As relações de poder em equipe multiprofissional de saúde da família segundo um modelo teórico arendtiano. Interface – Comunicação, Saúde e Educação, 15(37), 539-550.
Pinto, M., Bardach, A., Palacios, A., Biz, A., Alcaraz, A., Rodriguez, B., Pichon-Riviere, A. (2019). Carga do tabagismo no Brasil e benefício potencial do aumento de impostos sobre os cigarros para a economia e para a redução de mortes e adoecimento. Cadernos de Saúde Pública, 35(8), e00129118.
Pinto, M., & Ugá, M. A. (2010). Os custos das doenças tabaco-relacionadas para o sistema único de saúde. Cadernos de Saúde Pública, 26(6), 1234-1245.
Portes, L. H., Campos, E. M., Teixeira, M. T., Caetano, R., & Ribeiro, L. C. (2014). Ações voltadas para o tabagismo: Análise de sua implementação na Atenção Primária à Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 19(2), 439-448.
Portes, L. H., Machado, C. V., & Turci, S. R. (2019). Coordenação governamental da Política de Controle do Tabaco no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 24(7), 2701-2714.
Silva, L. D., & Henrique, D. M. (2011). Uso incorreto de medicamentos por pacientes após acidente vascular cerebral. Investigación y Educación en Enfermería, 29(2), 187-197.
Silva, M. J., Goyatá, S. L., & Souza, W. A. (2012). Tabagismo: Apague esse vício. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, 10(1), 77-85.
Silva, S. T., Martins, M. C., Faria, F. R., & Cotta, R. M. (2014). Combate ao tabagismo no Brasil: A importância estratégica das ações governamentais. Ciência & Saúde Coletiva, 19(2), 539-552.
Spink, M. J. (2010). Ser fumante em um mundo antitabaco: Reflexões sobre riscos e exclusão social. Saúde & Sociedade, 19(3), 481-496.
Tesser, C. D., & Barros, N. F. (2008). Medicalização social e medicina alternativa e complementar: Pluralização terapêutica do sistema único de saúde. Revista de Saúde Pública, 42(5), 914-920.
World Health Organization (2018). Tobacco fact sheets. Genebra: WHO. Recuperado de https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/tobacco
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os artigos publicados na Revista Psicologia e Saúde têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.