A Prática da Avaliação Psicológica em Neuropsicologia e Psicologia do Trânsito Durante Estágio de Formação Profissional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/pssa.v11i1.578

Palavras-chave:

avaliação psicológica, prática, pesquisa, neuropsicologia, psicologia do trânsito

Resumo

O objetivo do estudo foi discutir a prática da avaliação psicológica nas áreas da neuropsicologia e psicologia do trânsito a partir de relato de experiência de estágio nestas áreas. Cinco estagiários entrevistaram psicólogos nos campos, acompanharam processos de avaliação psicológica e redigiram relatório de atividades. Estes registros foram sintetizados na forma de levantamento de situações-problema da atuação profissional nos contextos e discutidos qualitativamente com base na literatura da área. Os participantes consideraram importante o debate sobre a prática baseada em evidências e o desenvolvimento científico de constructos em psicologia e de novas tecnologias de avaliação psicológica. O estágio em avaliação psicológica em neuropsicologia e psicologia do trânsito foi oportunidade factível para análise da formação competente e ética em avaliação psicológica, comprometida com o desenvolvimento da psicologia como ciência e profissão.

Biografia do Autor

Jeanny Joana Rodrigues Alves de Santana, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG

Docente do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia, MG. Psicóloga pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU, mestre e doutora em Psicobiologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, SP - USP/RP. Especialização e aprimoramento em Psicologia da Saúde no Hospital de Base da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto.

Marina Celestino Soares, Faculdade Pitágoras, Uberlândia, MG.

Graduanda em Psicologia pela Faculdade Pitágoras, Uberlândia, MG. Pesquisadora em Neuropsicologia e Avaliação Psicológica.

Referências

American Psychiatry Association. (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais DSM-5. (M. I. C. Nascimento et al. Trad.). Porto Alegre: Artmed.

Amorim, M. C., & Cardoso, H. F. (2015). Entrevista psicológica na avaliação pericial em Psicologia do Trânsito: Uma análise crítica. Psicologia Revista, 24(1), 107-120. Disponível em https://revistas.pucsp.br/index.php/psicorevista/article/view/24231

Araújo, M. M., Malloy-Diniz, L. F., & Rocha, F. L. (2009). Impulsividade e acidentes de trânsito. Revista de Psiquiatria Clínica, 36(2), 60-68. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832009000200004

Borsa, J. C. (2016). Considerações sobre a formação e a prática em avaliação psicológica no Brasil. Temas em Psicologia, 24(1), 131-143. doi: http://dx.doi.org/10.9788/TP2016.1-09

Brown, T. G., Ouimet, M. C., Eldeb, M., Tremblay, J., Vingilis, E., Nadeau, L., Pruessner, J., & Bechara, A. (2017). The effect of age on the personality and cognitive characteristics of three distinct risky driving offender groups. Personality and Individual Differences, 113(15), 48-56. doi: https://doi.org/10.1016/j.paid.2017.03.007

Casas, R. N., Calamia, M., & Tranel, D. (2018). A global perspective on neuropsychological assessment. In S. G. Hofmann (Ed.). Clinical psychology, a global perspective (pp. 81-98). Hoboken, NJ: John Wiley & Sons Ltda.

Castro, P. F. (2013). Caracterização do ensino de avaliação psicológica no Estado de São Paulo. Boletim de Psicologia, 63(138), 81-102. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/bolpsi/v63n138/v63n138a08.pdf

Cohen, R. J., Swerdlik, M. E., &Sturman, E. D. (2014). Testagem e avaliação psicológica: Introdução a testes e medidas (8a ed.) (Maria Cristina G. Monteiro, Trad.). Porto Alegre: AMGH Editora.

Conselho Federal de Psicologia. (2009). Resolução CFP nº 007/2009, institui normas e procedimentos para a avaliação psicológica no contexto do Trânsito. Disponível em https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2009/08/resolucao2009_07.pdf

Conselho Nacional de Trânsito. (2012). Resolução CONTRAN n. 425, de 27 de novembro de 2012. Dispõe sobre o exame de aptidão física e mental, a avaliação psicológica e o credenciamento das entidades públicas e privadas de que tratam o art. 147, I e §§ 1º a 4º e o art. 148 do Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF. Disponível em http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/(Resolu%C3%A7%C3%A3o%20425.-1).pdf

Corrigan, P. W., Druss, B. G., & Perlick, D. A. (2014). The impact of mental illness stigma on seeking and participating in mental health care. Psychological Science in the Public Interest, 15(2), 37-70. doi: http://dx.doi.org/10.1177/1529100614531398

Eisman, E. J., & Nordal, K. (2017). The implications for health care: Commentary on the special section on teaching, training, and supervision in personality and psycholocial assessment. Journal of Personality Assessment, 99(2), 186-188, doi: https://doi.org/10.1080/00223891.2016.1226176

Fonseca, R. P., Zimmermann, N., & Kochhann, R. (2014). Avaliação neuropsicológica: Bases para a interpretação quantitativa e qualitativa de desempenho. In F. H. Santos et al. (Orgs.), Neuropsicologia hoje (2a ed., pp. 106-114). Porto Alegre: Artmed.

Gonçalves, M. A., Simões, M. R., & Castro-Caldas, A. (2014). Sugestões para interpretação dos desempenhos do manual da WAIS-IIII falham na identificação de defeitos cognitivos num grupo de doentes com tumores cerebrais. Anais do IX Congresso Iberoamericano de Psicologia e 2º Congresso da Ordem dos Psicólogos Portugueses, Lisboa, de 9 a 13 de setembro de 2014.

Groth-Marnat, G., & Wright, A. J. (2016). Handbook of psychological assessment (6a ed.). Hoboken, NJ: John Wiley & Sons.

Haase, V. G. et al. (2012). Neuropsicologia como ciência interdisciplinar: consenso da comunidade brasileira de pesquisadores/clínicos em Neuropsicologia. Revista Neuropsicologia Latinoamericana, 4(4), 1-8. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2075-94792012000400001

Haase, V. G., Júlio-Costa, A., & Santos, F. H. (2015). Discalculia do desenvolvimento. In F. H. Santos et al. (Orgs.), Neuropsicologia hoje (2a ed., pp. 160-168). Porto Alegre: Artmed.

Howieson, D. B., & Lezak, M. (2014). A avaliação neuropsicológica. In S. C. Yudofsky, & R. E. Hales (Orgs.), Fundamentos de neuropsiquiatria e ciências do comportamento (2a ed., pp. 41-65). Porto Alegre: Artmed.

Kane, R. L., & Parsons, T. D. (2017). Introduction to neuropsychologyand technology. In R. L. Kane, & T. D. Parsons (Eds.). The role of technology in clinical neuropsychology (pp. 3-26). New York, NY: Oxford University Press.

Leite, O. A. (2011). A medida no exame psicológico: Reflexões sobre o significado clínico da medida. In Conselho Federal de Psicologia. Ano da avaliação psicológica – Textos geradores (pp. 29-36). Brasília: Conselho Federal de Psicologia.

Lipczynska, S. (2016). The health apps on your smartphone: Science or snake oil? Journal of Mental Health, 25(5), 385-386. doi: http://dx.doi.org/10.3109/09638237.2016.1167859

Melchert, T. P. (2016). Leaving behind our preparadigmatic past: Professional psychology as a unified clinical science. American Psychologist, 71(6), 486-496. doi: http://dx.doi.org/10.1037/a0040227

Ministério da Educação (2011). Resolução CNE/CES 5/2011. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de março de 2011 – Seção 1 – p. 19, institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia, estabelecendo normas para o projeto pedagógico complementar para a Formação de Professores de Psicologia. Disponível em http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=7692-rces005-11-pdf&Itemid=30192

Nakano, T. C., & Sampaio, M. H. L. (2016). Desempenho em inteligência, atenção concentrada e personalidade de diferentes grupos de motoristas. Psico-USF, 21(1), 147-161. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1413-82712016210113

Nakano, T. C., Sampaio, M. H. L., & Silva, A. B. (2011). Atenção e inteligência em candidatos à primeira carteira nacional de habilitação. Boletim de Psicologia, LXI(134), 63-78. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/bolpsi/v61n134/v61n134a06.pdf

Noronha, A. P. P., Castro, N. R., Ottati, F., Barros, M. V. C., & Santana, P. R. (2013). Conteúdos e metodologias de ensino de avaliação psicológica: Um estudo com professores. Revista Paidéia, 23(54), 129-139. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1982-43272354201315

Nunes, M. F. O., Muniz, M., Reppold, C. T., Faiad, C., Bueno, J. M. H., & Noronha, A. P. P. (2012). Diretrizes para o ensino de avaliação psicológica. Avaliação Psicológica, 11(2), 309-316. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/avp/v11n2/v11n2a16.pdf

Primi, R. (2010). Avaliação psicológica no Brasil: Fundamentos, situação atual e direções para o futuro. Psicologia, Teoria e Pesquisa, 26(especial), 25-35. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722010000500003

Seixas, P. S., Coelho-Lima, F., Silva, S. G., & Yamamoto, O. H. (2013). Projeto pedagógico de curso e formação do psicólogo: Uma proposta de análise. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, 17(1), 113-122. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/pee/v17n1/a12v17n1.pdf

Shaughnessy, J. J., Zechmeister, E. B., & Zechmeister, J. S. (2012). Metodologia de pesquisa em Psicologia (9a ed.) (R. C. Costa, Trad.). Porto Alegre: AMGH Editora.

Suhr, J. A. (2012). Psychological assessment: A problem-solving approach. New York, NY: The Guilford Press.

Tavares, M. (2010). Da ordem social da regulamentação da Avaliação Psicológica e do uso dos testes. In Conselho Federal de Psicologia. Avaliação psicológica: Diretrizes na regulamentação da profissão (pp. 31-56). Brasília: Conselho Federal de Psicologia.

White, M. J., Young, R. McD., & Rakotonirainy, S. (2012). Executive function development and stress effects on driving performance: Preliminary findings from a young adult sample. In M. Sullman, & L. Dorn (Eds.), Advances in traffic psychology. New York, NY: Taylor & Francis Group.

Winograd, M., Jesus, M. V. M., & Uehara, E. (2012). Aspectos qualitativos na prática da avaliação neuropsicológica. Ciências & Cognição, 17(2), 2-13. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cc/v17n2/v17n2a02.pdf

Wit, P. A. J. M., Souza, C. Z., & Cruz, R. M. (2016). Improving accident statistics and expanding the role of traffic psychologists in Brazil. Psicologia: Ciência e Profissão, 36(4), 816-830. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1982-3703002382016

Woody, W. D., & Viney, W. (2017). A history of psychology: The emergence of Science and applications (6a ed.). New York, NY: Taylor & Francis.

Downloads

Publicado

2019-02-08

Como Citar

Santana, J. J. R. A. de, & Soares, M. C. (2019). A Prática da Avaliação Psicológica em Neuropsicologia e Psicologia do Trânsito Durante Estágio de Formação Profissional. Revista Psicologia E Saúde, 11(1), 141–154. https://doi.org/10.20435/pssa.v11i1.578

Edição

Seção

Relatos de experiência