Vivência de Mães Após o Diagnóstico Pré-Natal de Fissura Labiopalatina
DOI:
https://doi.org/10.20435/pssa.v13i2.1094Palavras-chave:
fissura palatina, diagnóstico pré-natal, comportamento materno, pessoal de saúdeResumo
O objetivo do estudo foi conhecer a vivência de mães desde o diagnóstico pré-natal da fissura labiopalatina, até o nascimento de seus filhos. Com base em uma abordagem qualitativa, foram entrevistadas nove mães de bebês que tiveram o diagnóstico de fissura labiopalatina ao se submeterem à ultrassonografia como parte dos exames de rotina para acompanhamento do desenvolvimento do feto. Os dados foram analisados de acordo com a Análise de Conteúdo, o que permitiu a identificação de quatro eixos temáticos: recebendo o diagnóstico; vivência do período pré-natal; vivência na maternidade; e a importância do diagnóstico pré-natal. Foi possível identificar o papel fundamental dos profissionais de saúde nas contingências de maior impacto: momento do diagnóstico, consultas pré-natais, busca por centro especializado e maternidade. As mães revelaram que o diagnóstico intrauterino foi importante e que as condutas dos profissionais são determinantes nessa trajetória, para garantir o acesso aos benefícios da descoberta precoce.
Referências
Altmann, E. B. de C. (1997). Fissuras labiopalatinas. Carapicuiba: Pró Fono.
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70 Ltda.
Berberian, A. P. B., Tonocchi, R., Souza, D., Moleta, F., Correia-Lagos, H. N., & Zanata, I. L. (2012). Fissuras orofaciais: aspectos relacionados ao diagnóstico. Distúrbios da Comunicação, 24(1), 11-20.
Bomfim, O. L., Coser, O., Elisabeth, M., & Moreira, L. (2014). Unexpected diagnosis of fetal malformations: therapeutic itineraries. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 24(2), 607-662. doi:https://doi.org/https://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312014000200015
Brasil. Ministério da Saúde. (2006). Pré-Natal e Puerpério: Atenção qualificada e humanizada – Manual técnico. Secretaria das Ações em Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília-DF: Ministério da Saúde.
Carlsson, T., Starke, V., & Mattsson, E. (2017). The emotional process from diagnosis to birth following a prenatal diagnosis of fetal anomaly: A qualitative study of messages in online discussion boards. Midwifery, 48, 53-59. doi:https://doi.org/10.1016/j.midw.2017.02.010
Davey, M. P., & Fisher, K. (2016). Fathers of Children Born With Cleft Lip and Palate: Impact of the Timing of Diagnosis. Families, Systems, & Health, 34(2), 150-158. doi:https://doi.org/http://dx.doi.org/10.1037/fsh0000198
Di Ninno, C., Gomes, R., Santos, P., Bueno, M., Galvão, D., & Meira, A. (2004). O conhecimento de profissionais da área da saúde sobre fissura labiopalatina. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 9, 93-101.
Fallowfield, L., & Jenkins, V. (2004). Communicating sad, bad, and difficult news in medicine. Lancet, 24(363), 312-319. doi:https://doi.org/https://doi.org/10.1016/S0140-6736(03)15392-5
Farronato, G., Cannalire, P., Martinelli, G., Tubertini, I., Giannini, L., Galbiati, G., & Maspero, C. (2014). Cleft lip and/or palate: Review. Minerva Stomatologica, 63(4), 111-126.
Gomes, A. G., & Piccinini, C. A. (2007). Impressões e sentimentos das gestantes sobre a ultra-sonografia e suas implicações para a relação materno-fetal no contexto de anormalidade fetal. Psico, 38(1), 67-76. doi:https://doi.org/10.1590/S0102-79722007000200002
Hsieh, Y. T., Chao, Y. M. Y., & Shiao, J. S. C. (2013). A qualitative study of psychosocial factors affecting expecting mothers who choose to continue a cleft lip and/or palate pregnancy to term. Journal of Nursing Research, 21(1), 1-9. doi:https://doi.org/10.1097/jnr.0b013e3182828dbd
Klaus, M., & Kennell, J. (1992). Pais/Bebê: A formação do apego. Porto Alegre: Artes Médicas.
Milbrath, V. M., Crecencia, H., Siqueira, H. De, & Corso, G. (2011). Comunicação entre a equipe de saúde e a família da criança com asfixia perinatal grave. Texto & Contexto Enfermagem, 20(4), 726-734. doi:https://doi.org/http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072011000400011
Minayo, M. C. S. (2013). Desafio do conhecimento: Pesquisa qualitativa em saúde (13a ed.). São Paulo: Hucitec.
Peterson-Falzone, S. J., Hardin-Jones, M. A., & Karnell, M. P. (2001). Cleft palate speech. Saint Louis: Mosby.
Shibui, T., Nomura, T., Takano, N., Katakura, A., Nakano, Y., Suga, K., . . . Takamatsu, K. (2016). Prenatal counseling on prenatal diagnosis of cleft lip and/or cleft palate at Tokyo Dental College Ichikawa General Hospital. The Bulletin of Tokyo Dental College, 57(1), 43-50. doi:https://doi.org/10.2209/tdcpublication.57.43
Silva, E. B., Fúria, C. L. B., & Di Ninno, C. Q. de M. S. (2005). Aleitamento Materno em Recém nascidos portadores de fissura labiopalatina: Dificuldades e métodos utilizados. Revista CEFAC, 7(1), 21-28. Recuperado de https://www.redalyc.org/pdf/1693/169320490002.pdf
Sreejith, V., Arun, V., Devarajan, A., Gopinath, A., & Sunil, M. (2018). Psychological effect of prenatal diagnosis of cleft lip and palate: A systematic review. Contemporary Clinical Dentistry, 9(2), 304-308. doi:https://doi.org/10.4103/ccd.ccd_673_17
Steinberg, J. P., & Gosain, A. K. (2015). Thirty Years of prenatal cleft diagnosis. Plastic and Reconstructive Surgery, 136(3), 550-557. doi:https://doi.org/10.1097/PRS.0000000000001533
Stock, N. M., & Rumsey, N. (2015). Parenting a child with a cleft: The father’s perspective. Cleft Palate-Craniofacial Journal, 52(1), 31-43. doi:https://doi.org/10.1597/13-035
Turato, E. R. (2005). Métodos qualitativos e quantitativos na área da saúde: Definições, diferenças e seus objetos de pesquisa. Revista Saúde Pública, 39(3), 507-514. doi:https://doi.org/http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102005000300025
Turato, E. R. (2013). Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: Construção teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humana (6a ed.). Petrópolis: Vozes.
Vaccari-Mazzetti, M. P., Kobata, C. T., & Brock, R. S. (2009). Diagnóstico ultrassonográfico pré-natal da fissura lábio-palatal. Arquivos Catarinenses de Medicina, 38, 130-132.
World Health Organization. (2004). Global strategies to reduce the health-care burden of craniofacial anomalies. The European Journal of Orthodontics, 25(6), 623-624.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os artigos publicados na Revista Psicologia e Saúde têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.