Estudos sobre os Instrumentos Diagnósticos do Transtorno do Espectro Autista
DOI:
https://doi.org/10.20435/pssa.v1i1.3013Palavras-chave:
transtorno do espectro autista, diagnóstico, instrumentosResumo
Introdução: Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2023), o Brasil possuía 3,3 milhões de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), sendo que 45,6 milhões apresentavam algum tipo de deficiência; no entanto, ainda há dificuldades para se diagnosticar, em decorrência dos poucos instrumentos validados para a população brasileira, o que tem ocasionado aumento de pessoas diagnosticadas com esta característica, colocando em discussão os critérios e encaminhamentos para atendimentos em unidades de saúde ou em clínicas particulares. O objetivo deste trabalho é identificar e analisar o conjunto das produções acadêmicas que estão disponíveis no site da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e na PubMed que abordam os instrumentos de diagnóstico do TEA. Metodologia: Realizou-se uma revisão sistemática das produções acadêmicas nas bases se dados da CAPES e da PubMed, no período de 2014 a 2024. Os descritores foram: transtorno do espectro autista com o operador booleano “e” diagnóstico, transtorno do espectro autista “e” avaliação. Após a seleção das produções identificadas nas referidas bases de dados, realizou-se a análise integrativa deste conjunto. Resultados: Foram analisados 5 artigos, os quais demonstraram a necessidade de investimentos em pesquisa para construção de instrumentos de diagnóstico que sejam adaptados e validados para a realidade da população brasileira, uma vez que os instrumentos mais citados foram DI-R, o ADOS (incluindo a versão ADOS-2), o CARS e o M-CHAT.
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