Perfil epidemiológico de agravos à saúde em policiais e bombeiros
DOI:
https://doi.org/10.20435/pssa.v13i4.1266Palavras-chave:
saúde pública, saúde do trabalhador, risco ocupacional, doenças do trabalhoResumo
Introdução: Militares são expostos a riscos ocupacionais no trabalho. Método: Estudo epidemiológico e descritivo de corte transversal, realizado com 4.392 policiais e bombeiros. Foram avaliadas a prevalência, incidência e associação de variáveis sócio-ocupacionais com os motivos de afastamento do trabalho, segundo Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde. Resultados: Os agravos mais prevalentes foram por lesões, envenenamentos e algumas outras consequências de causas externas (29,0%) e por doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (23,4%). Houve aumento de 28,1% de novos casos de transtornos mentais e comportamentais e de 23,4% de doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo. Variáveis sócio-ocupacionais têm relação com os motivos de afastamento do trabalho da amostra (p<0,05). Conclusão: Policiais e bombeiros do sexo masculino e que realizam atividade operacional apresentaram alta prevalência e incidência de afastamentos do trabalho.
Referências
Baasch, D., Trevisan, R. L., & Cruz, R. M. (2017). Perfil epidemiológico dos servidores públicos catarinenses afastados do trabalho por transtornos mentais de 2010 a 2013. Ciência & Saúde Coletiva, 22(5), 1641-1650. doi:https://dx.doi.org/10.1590/1413-81232017225.10562015
Bezerra, C. D. M., Minayo, M. C. d. S., & Constantino, P. (2013). Estresse ocupacional em mulheres policiais. Ciência & Saúde Coletiva, 18, 657-666. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232013000300011&nrm=iso
Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal.
Bravo, D. S., Barbosa, P. M. K., & Calamita, Z. (2016). Absenteísmo e envelhecimento no contexto ocupacional do Policial Militar. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, 14(2), 134-142. Recuperado de doi:http://www.rbmt.org.br/how-to-cite/42/pt-BR
Castro, M. C. A., & Cruz, R. M. (2015). Prevalência de transtornos mentais e percepção de suporte familiar em policiais civis. Psicologia: Ciência e Profissão, 35(2), 271-289. doi:https://dx.doi.org/10.1590/1982-370300702013>.
Elntib, S., & Armstrong, T. (2014). Critical incidents’ impact on front-line South African police personnel in light of the current briefing and debriefing strategies. South African Journal of Psychology, 44(4), 416-425. doi:https://doi.org/10.1177/0081246314529272
Ferreira, D. K. S., Bonfim, C., & Augusto, L. G. S. (2012). Condições de trabalho e morbidade referida de policiais militares, Recife-PE, Brasil. Saúde e Sociedade, 21, 989-1000. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902012000400016&nrm=iso
Ferreira, D. K., Bonfim, C., & Augusto, L. G. (2011). Factors associated with the lifestyle of military police officers. Cien Saude Colet, 16(8), 3403-3412. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n8/a07v16n8.pdf
Gonçalves, H. C. B., Queiroz, M. R., & Delgado, P. G. G. (2017). Violência urbana e saúde mental: desafios de uma nova agenda? Fractal Revista de Psicologia, 29(1), 17-23. doi:https://doi.org/10.22409/1984-0292/v29i1/1256
Han, M., Park, S., Park, J. H., Hwang, S.-S., & Kim, I. (2018). Do police officers and firefighters have a higher risk of disease than other public officers? A 13-year nationwide cohort study in South Korea. BMJ Open, 8(1), 1-7. doi:https://doi.org/10.1136/bmjopen-2017-019987
Iacoponi, E. (1999). Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10 - Diretrizes diagnósticas e de tratamento para transtornos mentais em cuidados primários. Revista Brasileira de Psiquiatria, 21(2), 132. doi:https://dx.doi.org/10.1590/S1516-44461999000200014
Kim, Y., Ahn, Y., Kim, K.,Yoon, J., & Roh, J. (2016). Association between job stress and occupational injuries among Korean firefighters: A nationwide cross-sectional study. BMJ Open, 6(11), e012002. doi:https://dx.doi.org/10.1136/bmjopen-2016-012002
Lima, E. D. P., Assunção, A. A., & Barreto, S. M. (2015). Prevalência de depressão em bombeiros. Caderno de Saúde Pública, 31(4), 733-743. doi:http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00053414.
Lima, F. P., Blank, V. L. G., & Menegon, F. A. (2015). Prevalência de transtorno mental e comportamental em policias militares/SC, em licença para tratamento de saúde. Psicologia: Ciência e Profissão, 35, 824-840. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932015000300824&nrm=iso
Lipp, M. E. N., Costa, K. R. D. S. N., Nunes, V. D. O. (2017). Estresse, qualidade de vida e estressores ocupacionais de policiais: Sintomas mais frequentes. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 17(1), 46-53. doi:https://dx.doi.org/10.17652/rpot/2017.1.12490
Lopes, K., Waeny, M. F. C., & Macedo, C. M. V. (2018). Riscos psicossociais no trabalho de policiais militares que podem levar ao estresse. Revista Ibirapuera (15), 51-60. Recuperado de http://seer.unib.br/index.php/rev/article/view/139/149
Magajewski, T. (2010). Avaliação da síndrome de burnout em policiais civis do município de Tubarão (SC). Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, 8(2), 77-81. Recuperado de http://www.rbmt.org.br/how-to-cite/104/pt-BR
Minayo, M. C., Assis, S. G., & Oliveira, R. V. (2011). The impact of professional activities on the physical and mental health of the civil and military police of Rio de Janeiro (RJ, Brazil). Ciência e Saúde Coletiva, 16(4), 2199-2209. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n4/v16n4a19.pdf
Mona, G. G., Chimbari, M. J., & Hongoro, C. (2019). A systematic review on occupational hazards, injuries and diseases among police officers worldwide: Policy implications for the South African Police Service. Journal of Occupational Medicine and Toxicology, 14(2),1-15., 2. doi:https://dx.doi.org/10.1186/s12995-018-0221-x
Nabeel, I., Baker, B. A., McGrail, M. P., Jr., & Flottemesch, T. J. (2007). Correlation between physical activity, fitness, and musculoskeletal injuries in police officers. Minnesota Medicine, 90(9), 40-43. Recuperado de https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17966263
Oliveira, K. L., & Santos, L. M. d. (2010). Percepção da saúde mental em policiais militares da força tática e de rua. Sociologias, 12, 224-250. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222010000300009&nrm=iso
Oliveira, P. L. M., & Bardagi, M. P. (2009). Estresse e comprometimento com a carreira em policiais militares. [Stress and career commitment of military officers]. Boletim de ,Psicologia 59(131), 153-166. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-59432009000200003&lng=pt&nrm=iso
Pinto, J. N., (2010). Absenteísmo por doença na Brigada Militar de Porto Alegre, RS. (Trabalho de Conclusão de Curso, Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Brasil). Recuperado de https://lume.ufrgs.br/handle/10183/28221
Pires, L. A. A., Vasconcellos, L. C. F. & Bonfatti, R. J. (2017). Bombeiros militares do Rio de Janeiro: Uma análise dos impactos das suas atividades de trabalho sobre sua saúde. Saúde em Debate, 41, 577-590. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-11042017000200577&nrm=iso
Robazzi, M. L. C., Mauro, M. Y. C., Secco, I. A. O., Dalri, R. C. d. M. B., Freitas, F. C. T., Terra, F. S., & Silveira, R. C. P. (2012). Health changes from overwork among health sector workers. Revista Enfermagem, 20(4), 526-532. Recuperado de http://www.facenf.uerj.br/v20n4/v20n4a19.pdf
Schmid, P.C., & Serpa Jr., O.D.(2019). Violência urbana e saúde mental: Por narrativas em primeira pessoa. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 29(3), 1-18. doi: https://doi.org/10.1590/S0103-73312019290313
Schneider, D., Signorelli, M. C., & Pereira, P. P. G. (2017). Mulheres da segurança pública do litoral do Paraná, Brasil: Intersecções entre gênero, trabalho, violência(s) e saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 22, 3003-3011. Retrieved from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232017002903003&nrm=iso
Silva, R., Matos, C., Valdivia, B., Cascaes, F., & Barbosa, P. (2013). Revisión sistemática acerca de la actividad física y de la salud de policías. Revista Med, 21, 75-85. Recuperado de http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-52562013000100008&nrm=iso
Velden, P. G., Rademaker, A. R., Vermetten, E., Portengen, M. A., Yzermans, J. C., & Grievink, L. (2013). Police officers: A high-risk group for the development of mental health disturbances? A cohort study. BMJ Journals, 3(1), [n.p.]. Recuperado de https://bmjopen.bmj.com/content/3/1/e001720
Wickramasinghe, N. D., Wijesinghe, P. R., Dharmaratne, S. D., & Agampodi, S. B. (2016). The prevalence and associated factors of depression in policing: A cross sectional study in Sri Lanka. SpringerPlus, 5(1), 1776. doi:https://dx.doi.org/10.1186/s40064-016-3474-9
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os artigos publicados na Revista Psicologia e Saúde têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.