Percepções de Aspectos Psicossociais no Cuidado em Saúde de Adolescente com Obesidade Grave

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/pssa.v11i3.596

Palavras-chave:

adolescência, obesidade, aspectos psicossociais, percepção, atenção primária em saúde

Resumo

O objetivo deste estudo foi desvelar percepções de aspectos psicossociais no cuidado de adolescentes com obesidade grave na atenção básica. Trata-se de um estudo qualitativo – descritivo que utilizou a entrevista com roteiro semiestruturado para coleta de dados. Os dados foram processados e analisados através de análise temática de conteúdo. Foram entrevistados seis profissionais de saúde, cinco adolescentes com obesidade grave e seis familiares de adolescentes com obesidade grave. Foram identificadas três categorias temáticas: concepção de obesidade, concepção de cuidado e obesidade na vida. Os dados encontrados evidenciaram que a concepção de obesidade dos profissionais de saúde, adolescentes e familiares é multifatorial, incluindo os fatores genéticos e orgânicos, o modo de vida contemporâneo e os aspectos psicológicos. A concepção de cuidado envolveu dieta, atividade física e cirurgia bariátrica. Nessa perspectiva foram realizadas reflexões acerca das políticas públicas de nutrição, saúde mental e saúde do adolescente permeadas pela proposta emergente da integralidade em saúde.

Biografia do Autor

Adriana Lobo Müller, Universidade Regional de Blumenau - FURB

Psicóloga. Mestra em Saúde Coletiva. Especialista em Psicologia e Saúde Mental Coletiva. Atualmente professora substituta na Universidade Regional de Blumenau.

Cláudia Regina Lima Duarte da Silva, Universidade Regional de Blumenau (FURB). Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Enfermagem. Blumenau. Santa Catarina. Brasil.

Enfermeira. Mestra em Educação pela Universidade Regional de Blumenau (2001). Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008). Atualmente é professora titular da Universidade Regional de Blumenau (FURB), lecionando nos cursos de graduação e no Mestrado Profissional em Saúde Coletiva.

Deisi Maria Vargas, Universidade Regional de Blumenau (FURB). Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Medicina. Blumenau. Santa Catarina. Brasil.

Médica. Doutora em Medicina e Cirurgia (Pediatria) pela Universitat Autonòma de Barcelona (UAB) (1997). Atualmente é professora titular na Universidade Regional de Blumenau (FURB), atuando nos cursos de graduação e no Mestrado Profissional em Saúde Coletiva.

 

Referências

Alves, I. F., & Laguardia, N. (2010). Obesidade: Um expressar silencioso na clínica psicanalítica. Revista de Psicologia, 1(25).

Ayres, J. R. C. M. (2004). O cuidado, os modos de ser (do) humano e as práticas de saúde. Saúde e Sociedade, 13(3), 16-29.

Bardin, L. (2010). Análise de conteúdo (4a ed. rev. e atual.). Lisboa: Edições 70.

Brasil. Ministério da Saúde. (2006a). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Obesidade. Cadernos de atenção básica, 12.

Brasil, Ministério da Saúde (2010). Secretaria de Atenção em Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes nacionais para a atenção integral à saúde de adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília, DF.

Brasil, Ministério da Saúde. (2012). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Série B, Textos Básicos de Saúde, Brasília, DF.

Brasil, Ministério da Saúde. (2013). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica Saúde mental. Cadernos de Atenção Básica, (34.

Brasil. Ministério da Saúde. (2014a). Organização Pan-Americana da Saúde. Perspectivas e desafios no cuidado às pessoas com obesidade no SUS: Resultados do Laboratório de Inovação no manejo da obesidade nas Redes de Atenção à Saúde. Serie Técnica Redes Integradas de Atenção à Saúde, 10.

Brasil, Ministério da Saúde. (2014b). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira (2a ed.). Brasília, DF.

Brasil, Ministério da Saúde (2014c). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: Obesidade. Cadernos de Atenção Básica, 38.

Burd, M. (2010). Obesidade e família. In J. de Mello Filho, & M. Burd (orgs.), Doença e família (2a ed., Cap. 17, pp. 299-310). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Carneiro, H. S. (2005). Comida e sociedade: Significados sociais na história da alimentação. História: Questões & Debates, 42(1), 71-80.

Conejo, S. P. (2009). Homem e obesidade-excesso e faltas: Corpos que contam histórias. (Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP).

Dornelles, A. D., Anton, M. C., & Pizzinato, A. (2014). O papel da sociedade e da família na assistência ao sobrepeso e à obesidade infantil: Percepção de trabalhadores da saúde em diferentes níveis de atenção. Saúde e Sociedade, 23(4), 1275-1287.

França S. L. G., Sahade V., Nunes M., Adan, L. F. (2013). Adherence to nutritional therapy in obese adolescents: A review. Nutrición Hospitalaria, 28(4), 988-998.

Grejanin, D. K. M., Pezzo, T. H., Nastri, V., Sanches, V. P. P., Nascimento, D. D. G., & Quevedo, M. P. (2007). As percepções sobre o "ser obeso" sob a ótica do paciente e dos profissionais da saúde. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, 17(3), 37-47.

Kaufman, A. (2012, dez.). Alimento e emoção. Abeso, 60, 7-11. Disponível em http://www.abeso.org.br/pdf/revista60/alimento_emocao.pdf

Loli, M. S. A. (2000). A obesidade como sintoma: Uma leitura psicanalítica. São Paulo: Vetor.

Mattos, R. (2012). Sobrevivendo ao estigma da gordura. São Paulo: Vetor.

Mendes, E. V. (2012). O cuidado das condições crônicas na Atenção Básica à Saúde: O imperativo da consolidação da Estratégia da Saúde da Família. Brasília: Organização Pan-americana da Saúde - Representação Brasil.

Menin, M., Paschoarelli, L. C., & Silva, J. C. P. (2011). Parâmetros antropométricos para o design de produtos destinados à acessibilidade de obesos. Revista Brasileira de Biometria, 29(4), 673-687.

Nunes, J., & Pelizzoli, M. L. (2011). O fenômeno da saúde - O cuidado à luz da hermenêutica filosófica. In M. L. Pelizzoli (org.). Saúde em novo paradigma. Recife: EDUFPE.

Rodrigues, E. M., & Boog, M. C. F. (2006). Problematização como estratégia de educação nutricional com adolescentes obesos. Cadernos de Saúde Pública, 22(5), 923-931.

Schoen-Ferreira, T. H., Aznar-Farias, M., & Silvares, E. F. M. (2010, jun.). Adolescência através dos séculos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(2), 227-234. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/ptp/v26n2/a04v26n2.pdf

Segal, A., Cardeal, M. V., & Cordas, T. A. (2002). Aspectos psicossociais e psiquiátricos da obesidade. Revista de Psiquiatria Clínica, 29(2), 81-89.

Simão, V. M., & Mioto, R. C. T. (2016, mar.). O cuidado paliativo e domiciliar em países da América Latina. Saúde em Debate, 40(108), 156-169. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-11042016000100156&script=sci_abstract&tlng=pt

Downloads

Publicado

2019-10-09

Como Citar

Müller, A. L., Lima Duarte da Silva, C. R., & Vargas, D. M. (2019). Percepções de Aspectos Psicossociais no Cuidado em Saúde de Adolescente com Obesidade Grave. Revista Psicologia E Saúde, 11(3), 125–138. https://doi.org/10.20435/pssa.v11i3.596

Edição

Seção

Relatos de pesquisa