“Ciência da Mãe”: Modos de Cuidados Clínicos com Bebês Prematuros à Luz da Teoria Psicanalítica
DOI:
https://doi.org/10.20435/pssa.v12i1.713Palavras-chave:
bebês prematuros, constituição psíquica, cuidadoResumo
O presente artigo tem como objetivo investigar os modos de cuidados clínicos com bebês prematuros internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), à luz do referencial teórico da psicanálise, considerando os processos de instauração do sujeito e apontando para possíveis contribuições à atenção em saúde mental de bebês. A escuta psicanaliticamente orientada e as observações norteadas pelo uso do instrumento Indicadores de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDI) compuseram as notas do diário de campo e permitiram a apresentação de vinhetas que ilustram a construção de possíveis dispositivos de trabalho clínico. Destaca-se a importância da sustentação de um espaço de escuta no qual se sobressaia o discurso familiar sobre o bebê, possibilitando a produção de narrativas singulares.
Referências
Ansermet, F. (2003). Clínica da origem: A criança entre a medicina e a psicanálise (D. de A. Seidl, Trad.). Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria.
Bernardino, L. M., Santos, C. C., Pedrali, C. B., M. & Dionísio, M. W. S. (2012). A escuta psicanaliticamente orientada em uma UTI Neonatal. In M. C. M. Kupfer, L. M. Bernardino, & R. M. M. Mariotto (Orgs.), Psicanálise e ações de prevenção na primeira infância (pp. 29-46). São Paulo: Escuta/Fapesp.
Bowlby, J. (2006). Cuidados maternos e saúde mental (5a ed., V. L. B. Souza & I. Rizzini, Trad.). São Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1976)
Braga, N. A., & Morsh, D. S. (2003). Maternagem ampliada. In M. E. L. M. Moreira, N. A. Braga, & D. S. Morsh (Orgs.), Quando a vida começa diferente: O bebê e sua família na UTI Neonatal (pp. 81-95). Rio de Janeiro: FIOCRUZ.
Brasil. (2007, 12 de Julho). Portaria n. 1683. Aprova, na forma do Anexo, a Norma de Orientação para a Implantação do Método Canguru. Diário Oficial da União, n. 134.
Brasil. (2012, 10 de Maio). Portaria n. 930. Define as diretrizes e objetivos para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido grave ou potencialmente grave e os critérios de classificação e habilitação de leitos de Unidade Neonatal no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União, n. 91.
Brasil. (2014). Manual AIDPI Neonatal: Quadro de procedimentos (5a ed.). Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em http://migre.me/sFb2d .
Brasil. (2016, 9 de Março). Lei n. 13.257, de 8 de Março de 2016. Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera a Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943, a Lei n. 11.770, de 9 de setembro de 2008, e a Lei n. 12.662, de 5 de junho de 2012. Diário Oficial da União, seção 1.
Camarotti, M. C. (2011). De braços vazios: Uma separação precoce. In C. M. F. Rohenkohl (Org.), A clínica com o bebê (pp. 49-62). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Del Volgo, M-J. (1998). O instante de dizer: O mito individual do doente sobre a medicina moderna. São Paulo: Escuta.
Dolto, F. (1999). Tudo é linguagem (2a ed., L. Machado, Trad.). São Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1987).
Fukuda, J. E. (2014). Considerações a respeito da prevenção em saúde mental na primeira infância. In M. C. M. Kupfer, & R. M. M. Mariotto (Orgs.), De bebê a sujeito: A metodologia IRDI nas creches (pp. 25-32). São Paulo: Escuta/Fapesp.
Jerusalinsky, A. N. (2002). O nascimento do ser falante. In L. M. Bernardino, & C. M. F. Rohenkohl (Orgs.), O bebê e a modernidade: Abordagens teórico-clínicas. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Kupfer, M. C. M., Bernardino, L. M. F., Mariotto, R. M. M., Pesaro, M. E., Lajonquière, L. de, Voltolini, R., & Machado, A. M. (2012). Metodologia IRDI: Uma ação de prevenção na primeira infância. In M. C. M. Kupfer, L. M. Bernardino, & R. M. M. Mariotto (Orgs.), Psicanálise e ações de prevenção na primeira infância (pp. 131-145). São Paulo: Escuta/Fapesp.
Lacan, J. (1995). O seminário, livro 4: A relação de objeto (D. D. Estrada, Trad.). Rio de Janeiro: Zahar. (Trabalho original publicado em 1956-1957)
Lacan, J. (2003). Nota sobre a criança. In J. Lacan. Outros escritos (pp. 369-370, V. Ribeiro, Trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1969).
Lerner, R., & Kupfer, M. C. (Orgs.). (2008). Psicanálise com crianças: Clínica e pesquisa. São Paulo: Escuta.
Messias, C. O. (2004). A clínica com bebês e seus pais: Uma experiência na saúde pública. In T. Ferreira (Org.), A criança e a saúde mental: Enlaces entre a clínica e a política. Belo Horizonte: Autêntica/FCH-FUMEC.
Motta, S. P. P. (2002). Prevenção em saúde mental – por que não? In L. M. F. Bernardino, & C. M. F. Rohenkohl (Orgs.), O bebê e a modernidade: Abordagens teórico-clínicas (pp. 109-116). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Priszkulnik, L. (2009). Prevenção: Saúde mental e psicanálise. In Formação de profissionais e a criança-sujeito, 7, colóquio LEPSI/FE-USP, mesas redondas prevenção: O há de vir do sujeito. [on-line]. Disponível em http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000032008000100002&lng=en&nrm=iso
Silva, D. Q. (2013). A pesquisa em psicanálise: O método de construção do caso psicanalítico. Estudos de Psicanálise, 39, 37-46.
Teperman, D. W. (2005). Clínica psicanalítica com bebês: Uma intervenção a tempo. São Paulo: Casa do Psicólogo/Fapesp.
Winnicott, D. W. (2006). Os bebês e suas mães (3a ed., J-L. Camargo, Trad.). São Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1988).
World Health Organization, March of Dimes, The Partnership for Maternal, Newborn & Child Health, & Save the Children. (2012). Born too soon: The global action report on preterm birth. Geneva. Disponível em https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/44864/9789241503433_eng.pdf;jsessionid=27202FFC5F972FAC80C0343B42AD6D04?sequence=1
Zornig, S. M. A-J., Morsch, D. S., & Braga, N. A. (2004). Parto prematuro: Antecipação e descontinuidade temporal? In R. O. de. Aragão (Org.), O bebê, o corpo e a linguagem (pp. 165-174). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Arquivos adicionais
- FOLHA DE ROSTO PARA PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS
- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
- TERMO DE FIEL DEPOSITÁRIO INSTITUIÇÃO
- TERMO DE FIEL DEPOSITÁRIO PSICOLOGIA
- TERMO DE ANUÊNCIA DA PESQUISA
- DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E A DECLARAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS
- DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E A DECLARAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS
- DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E A DECLARAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS
- SUPLEMENTARES_“CIÊNCIA DA MÃE” MODOS DE CUIDADOS CLÍNICOS COM BEBÊS PREMATUROS À LUZ DA TEORIA PSICANALÍTICA
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os artigos publicados na Revista Psicologia e Saúde têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.