Práticas Psicoeducativas: Contribuições do Psicólogo na Atenção Primária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/pssa.v14i1.1182

Palavras-chave:

educação em saúde, atenção primária à saúde, psicólogos, saúde pública, psicologia

Resumo

A psicoeducação visa ensinar o indivíduo sobre ações preventivas ou terapêuticas. O objetivo da pesquisa foi identificar modos de utilização de intervenções psicoeducativas na atenção primária de municípios do Rio de Janeiro. Vinte e uma psicólogas responderam a dois questionários, um deles sobre formação e atuação profissional e o outro com questões relacionadas ao uso da psicoeducação. Sete destas profissionais participaram de entrevistas semiestruturadas para aprofundamento de suas respostas. Os dados do questionário foram submetidos à análise estatística descritiva, e os relatos das entrevistas foram submetidos à análise de conteúdo. Orientar sobre questões emocionais e para o autocuidado foram finalidades atribuídas à psicoeducação, que era empregada de modo individual e grupal, tanto em consultórios como em salas de espera e em ações no território, com segmentos variados da população. O estudo mostrou aspectos importantes para fortalecer práticas de psicoeducação, incluindo gestão dinâmica do processo e atenção à realidade das comunidades.

Biografia do Autor

Martina de Paula Eduardo Ravaioli, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Doutoranda e Mestre em Psicologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Psicóloga atuante no Hospital Unimed Volta Redonda e em consultório particular.

Lilian Maria Borges, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Doutora em Psicologia pela Universidade de Brasília (UnB). Professora adjunta do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Referências

Alves, R., Santos, G., Ferreira, P., Costa, A., & Costa, E. (2017). Atualidades sobre a psicologia da saúde e a realidade brasileira. Psicologia, Saúde & Doenças, 18(2), 545-555. https://doi.org/10.15309/17psd180221

Azevedo, N. S., & Kind, L. (2013). Psicologia nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família em Belo Horizonte. Psicologia: Ciência e Profissão., 33(3), 520-535. https://doi.org/10.1590/S1414-98932013000300002

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Bégin, J. Y., Bluteau, J., Arseneault, C., & Pronovost, J. (2012). Psychoeducation in Quebec: Past to Present. Ricerche di Pedagogia e Didattica, Journal of Theories and Research in Education, 7(1), 1-16. https://doi.org/10.6092/issn.1970-2221/2681

Borges, L. M., & Soares, M. R. Z. (2018). A formação do psicólogo da Saúde. In E. M. Seidl, F., M. C. O. S.Miyazaki, A. T. de A. Ramos-Cerqueira, & N. A. M. Domingos (Orgs.), Psicologia da Saúde: Teorias, Conceitos e Práticas (pp. 21-51). Juruá.

Borges, L. M., Soares, M. R. Z., & Rudnicki, T. (2018). O Trabalho em grupo no contexto da Psicologia da Saúde. In E. M. F.Seidl, M. C. O. S.Miyazaki, A. T. de A. Ramos-Cerqueira, & N. A. M. Domingos (Orgs.), Psicologia da Saúde: Teorias, Conceitos e Práticas (pp. 101-129). Juruá.

Brasil. (2007). Atenção Primária e Promoção da Saúde. CONASS.

Brasil. (2012). Política Nacional de Atenção Básica. Ministério da Saúde.

Campos, G. W. S. (2003). A clínica do sujeito: por uma clínica reformulada e ampliada. G. W. S. Campos (Org.), Saúde Paideia (pp. 51-67). Hucitec.

Campos, W. S. C., & Domitti, A. C. (2007). Apoio matricial e equipe de referência: Uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Cadernos de Saúde Pública, 23(2), 399-407. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2007000200016

Carvalho, M. R., Malagris, L. E. N., & Rangé, B. P. (2019). Psicoeducação em Terapia Cognitivo-Comportamental. Sinopsys.

Castro, M. M. C., & Barroso, C. R. (2012). Contribuições da Terapia Cognitivo-Comportamental nos cuidados paliativos. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde, 1(1), 101-108. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.vlil.48

Cela, M., & Oliveira, I. F. de. (2015). O psicólogo no Núcleo de Apoio à saúde da Família: Articulação de saberes e ações. Estudos de Psicologia (Natal), 20(1), 31-39. https://doi.org/10.5935/1678-4669.20150005

Cintra, M. S., & Bernardo, M. H. (2017). Atuação do psicólogo na Atenção Básica do SUS e a Psicologia Social. Psicologia: Ciência e Profissão, 37(4), 883-896. https://doi.org/10.1590/1982-3703000832017

Cunha, G. T., & Campos, G. W. S. (2010). Método paidéia para co-gestão de coletivos organizados para o trabalho. Organizações e Democracia, 11(1), 31-46. http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/orgdemo/article/view/468

Dimenstein, M. (2001). O psicólogo e o compromisso social no contexto da saúde coletiva. Psicologia em Estudo, 6(2), 57-63. https://doi.org/10.1590/S1413-73722001000200008

Gomes, B. C. (2010). Estudo controlado de terapia comportamental em grupo no tratamento de pacientes com transtorno bipolar [Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo].

Gonçalves-Pereira, M., & Sampaio, D. (2011). Psicoeducação familiar na demência: Da clínica à saúde pública. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 29(1), 3-10. http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpsp/v29n1/v29n1a02.pdf

Leite, D. C., Andrade, A. B., & Bosi, M. L. M. (2013). A inserção da psicologia nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Physis, 23(4), 1167-1187. https://doi.org/10.1590/S0103-73312013000400008

Lemes, C. B., & Ondere Neto, J. (2017). Aplicações da psicoeducação no contexto da saúde. Temas em Psicologia, 25(1), 17-28. https://doi.org/10.9788/TP2017.1-02

Lima-Silva, T. B., & Yassuda, M. S. (2012). Psicoeducação para idosos hipertensos: Exemplo de metodologia aplicada. Kairós Gerontologia, 15(6), 373-392. https://revistas.pucsp.br/kairos/article/view/17312/12858

Losso, A. R., Zimermann, K. G., Ceretta, L. B., Salvaro, M. S., & Rosa, P. C. (2014). Psicoeducação para pacientes diabéticos em tratamento com insulina. Criar Educação, 3(2). http://periodicos.unesc.net/criaredu/article/view/1735/1638

Lourenção, V. C., Santos Jr., R., & Luiz, A. M. G. (2010). Aplicação da terapia cognitivo-comportamental em tratamento de câncer. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, 5(2), 59-72. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbtc/v5n2/v5n2a06.pdf

Menezes, S. L., & Souza, M. C. B. M. (2012). Implicações de um grupo de psicoeducação no cotidiano de portadores de Transtorno Afetivo Bipolar. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 46(1), 124-131. https://doi.org/10.1590/S0080-62342012000100017

Murta, S. G., Borges, L. M., & Costa Junior, A. L. (2014). Manejo de grupos psicoeducativos. In S. G. Murta, C. Leandro-França, & J. Seidl (Orgs.), Programas de educação para aposentadoria: Como planejar, implementar e avaliar (pp. 68-83). Sinopsys.

Nussey, C., Pistrang, N., & Murphy, T. (2013). How does psychoeducation help? A review of the effects of providing information about Tourette syndrome and attention-deficit/hyperactivity disorder. Child: Care, Health and Development, 39(5), 617-627. https://doi.org/10.1111/cch.12039

Paranhos, R., Figueiredo Filho, D. B., Rocha, E. C. da, Silva Júnior, J. A. da, & Freitas, D. (2016). Uma introdução aos métodos mistos. Sociologias, 18(42), 384-411. https://doi.org/10.1590/15174522-018004221

Perrella, A. C. (2017). O cotidiano do psicólogo em um Núcleo de Apoio à Saúde da Família: Relato de uma experiência. Pesquisas e Práticas Psicossociais, 12(1), 54-65. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ppp/v12n1/05.pdf

Portaria n. 2.436/GM, de 21 de setembro de 2017. (2017). Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html

Rahmani, F., Ranjbar, F., Ebrahimi, H., & Hosseinzadeh, M. (2015). The effects of group psychoeducational programme on attitude toward mental illness in families of patients with schizophrenia. Journal of Caring Sciences, 4(3), 243-251.

https://doi.org/10.15171/jcs.2015.025

Ruzanna, Z., Marhani, M., Parveen, K., & Cheah, Y. C. (2010). Does psychoeducation improve insight of patients with schizophrenia? MJP Online Early, 19(2). http://mjpsychiatry.org/index.php/mjp/article/viewFile/97/89

Silva, R. B., & Carvalhaes, F. F. de (2016). Psicologia e políticas públicas: Impasses e reinvenções. Psicologia & Sociedade, 28(2), 247-256. https://doi.org/10.1590/1807-03102016v28n2p247

Soares, F. B. P., & Macedo, J. P. S. (2020). Intersecções entre psicologia da saúde e saúde coletiva: Uma revisão integrativa. Revista Psicologia e Saúde, 12(1), 33-47. https://doi.org/10.20435/pssa.v12i1.741

Spink, M. J. P. (2003). Psicologia social e saúde: Práticas, saberes e sentidos. Petrópolis: Vozes.

Starfield, B. (2002). Atenção primária: Equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Unesco/Ministério da Saúde.

Swadi, H., Bobier, C., Price, L., & Craig, B. (2010). Lessons from an audit of psychoeducation at an older adolescent inpatient unit. Australas Psychiatry, 18(1), 53-58. https://doi.org/10.1080/10398560902721580

Downloads

Publicado

2022-06-09

Como Citar

Ravaioli, M. de P. E., & Borges, L. M. (2022). Práticas Psicoeducativas: Contribuições do Psicólogo na Atenção Primária. Revista Psicologia E Saúde, 14(1), 185–199. https://doi.org/10.20435/pssa.v14i1.1182

Edição

Seção

Relatos de pesquisa