Bem-Estar Subjetivo, Qualidade de Vida e Sintomas Psicológicos em Adultos após Acidente Vascular Cerebral

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/pssa.v14i4.2045

Palavras-chave:

Bem-estar subjetivo, Qualidade de vida, Acidente vascular cerebral, Reabilitação

Resumo

Investigou-se a percepção do bem-estar subjetivo (BES), qualidade de vida (QV) e sintomas psicológicos de indivíduos que estavam ou não em reabilitação após acidente vascular cerebral (AVC). Participaram 15 adultos (M = 40,73; DP = 9,46 anos), que responderam à escala brasileira de Bem-Estar Subjetivo (EBES), Escala de Qualidade de Vida Específica para AVC (EQVE-AVE) e Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse. A partir do levantamento, verificou-se que a amostra apresentou níveis baixos e moderados de BES e de QV. Participantes que se mantiveram em reabilitação após o AVC demonstraram maiores níveis de afetos positivos, menores afetos negativos e sintomas de estresse. Maiores sintomas psicológicos estiveram relacionados a menores níveis de BES e QV. Este estudo destaca a importância da reabilitação pós-AVC, focando as necessidades de cada indivíduo. Serviços de atendimento multiprofissional devem considerar o quanto os aspectos emocionais e as experiências subjetivas afetam a recuperação dos pacientes.

Biografia do Autor

Luana Thums, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)

Psicóloga pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), São Leopoldo, RS.

Jaqueline de Carvalho Rodrigues, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora do Departamento de Psicologia do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica (PUC-Rio).

Referências

Albuquerque, A. S., & Tróccoli, B. T. (2004). Desenvolvimento de uma escala de bem-estar subjetivo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20(2), 153–164. https://doi.org/10.1590/S0102-37722004000200008

Barbosa, P. M., Ferreira, L. N., Cruz, V. T., Silva, A., & Szrek, H. (2022). Healthcare, clinical factors and rehabilitation predicting quality of life in first-time stroke patients: A 12-month longitudinal study. Journal of Stroke and Cerebrovascular Diseases, 31(4), 106300. https://doi.org/10.1016/j.jstrokecerebrovasdis.2021.106300

Barros M. B. A., Lima, M. G., Malta, D. C., Szwarcwald, C. L., Azevedo, R. C. S., Romero, D., Souza, P. R. B., Junior, Azevedo, L. O., Machado, I. E., Damacena, G. N., Gomes, C. S., Werneck, A. O., Silva, D. R. P., Pina, M. F., & Gracie, R. (2020). Relato de tristeza/ depressão, nervosismo/ansiedade e problemas de sono na população adulta brasileira durante a pandemia de COVID-19. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 29(2). https://doi.org/10.1590/S1679-49742020000400018

Cohen, J. (1988). Statistical power analysis for the behavioral sciences (2ª ed.). Lawrence Erlbaum Pub.

Corad-Artal, J., Egido, J. A., González, J. L., & Seijas, E. V. de. (2000). Quality of life among stroke survivors evaluated 1 year after stroke: Experience of a stroke unit. Stroke, 31(12), 2995–3000. https://doi/10.1161/01.STR.31.12.2995

Diener, E., Emmons, R. A., Larsen, R. J., & Griffin, S. (1985). The satisfaction with life scale. Journal of Personality Assessment, 49(1). https://doi.org/10.1207/s15327752jpa4901_13

Diener, E., Oishi, S., & Tay, L. (2018). Advances in subjective well-being research. Nature Human Behavior, 2, 253–260. https://doi.org/10.1038/s41562-018-0307-6

Fernandes, T. G., Goulart, A. C., Santos-Junior, W. R., Alencar, A. P., Bensenõr, I. M., & Lotufo, P. A. (2012). Educational levels and the functional dependence of ischemic stroke survivors. Caderno de Saúde Pública, 28(8), 1581–1590. https://core.ac.uk/download/pdf/37507029.pdf

Ferreira, J. C. (2020). Relação entre avaliação neuropsicológica e queixas subjetivas cognitivas em população com lesão cerebral adquirida: Uma revisão sistemática da literatura (Dissertação de Mestrado integrado em Psicologia, Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação). https://hdl.handle.net/10216/131099

Fischer, S., Linseisen, J., Kirchberger, I., Zickler, P., Ertl, M., Naumann, M., & Meisinger, C. (2022). Association of post-stroke-depression and health-related quality of life three months after the stroke event. Results from the Stroke Cohort Augsburg (SCHANA) study. Psychology, Health and Medicine, 16, 1–12. http://10.1080/13548506.2022.2053175

Gomes-Neto, M. (2007). Aplicação da Escala de Qualidade de Vida Específica para AVE (EQVE-AVE) em Hemiplégicos Agudos: Propriedades Psicométricas e sua Correlação com a Classificação Internacional de Funcionalidade Incapacidade e Saúde. Dissertação de mestrado em Ciências da Reabilitação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil). http://dominiopublico.mec.gov.br/download/cp032828.pdf

Hopman, W. M., & Verner, J. (2003). Quality of life during and after inpatient stroke rehabilitation. Stroke, 34(3), 801–803. https://doi.org/10.1161/01.str.0000057978.15397.6f

Kettlewell, N., Morris, R. W., Ho, N., Cobb-Clark, D. A., Cripps, S., & Glozier, N. (2020). The differential impact of major life events on cognitive and effective wellbeing. SSM - Population Health, 10(2020), 100533. https://doi.org/10.1016/j.ssmph.2019.100533

Moreira, N. R. T. L., Andrade, A. S., Ribeiro, K. S. Q. S., Nascimento, J. A., & Brito, G. E. G. (2015). Qualidade de vida em indivíduos acometidos por Acidente Vascular Cerebral. Revista Neurociências, 23(4), 530–537. https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/7976

Piassaroli, C. A. P., Almeida, G. C., Luvizotto, J. C., & Suzan, A. B. B. M. (2012). Modelos de Reabilitação Fisioterápica em Pacientes Adultos com Sequelas de AVC Isquêmico. Revista Neurociências, 20(1), 128–137. https://doi.org/10.34024/rnc.2012.v20.10341

Rangel, E. S. S., Belasco, A. G. S., & Diccini, S. (2013). Qualidade de vida de pacientes com acidente vascular cerebral em reabilitação. Acta Paulista de Enfermagem, 26(2), 205–212. https://doi.org/10.1590/S0103-21002013000200016

Ravelo, D. F., & Néri, A. L. (2006). Bem-estar subjetivo e senso de ajustamento psicológico em idosos que sofreram acidente vascular cerebral: Uma revisão. Estudos de Psicologia, 11(2), 169–177. https://doi.org/10.1590/S1413-294X2006000200006

Rodrigues, J. C., Becker, N., Beckenkamp, C. L., Miná, C. S., Salles, J. F., & Bandeira, D. R. (2019). Psychometric properties of cognitive screening for patients with cerebrovascular diseases: A systematic review. Dementia & Neuropsychologia, 13(1), 31–43. https://doi.org/10.1590/1980-57642018dn13-010004

Santos, D. P., Rodrigues, J. C., & Salles, J. F. (2019). Influencia de los síntomas de depresión en las funciones neuropsicológicas después del accidente cerebrovascular. Ciências Psicológicas, 13(1), 56–66. doi: https://doi.org/10.22235/cp.v13i1.1809

Schmidt, M. H., Selau, C. M., Soares, P. S., Franchi, E. F., Piber, V. D., & Quatrin, L. B. (2019). Acidente vascular cerebral e diferentes limitações: Uma análise interdisciplinar. Arquivos de Ciências da Saúde UNIPAR, 23(2), 139–144. https://www.revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/6404/3778

Silva, J. K., Vila, V. S. C., Ribeiro, M. F. M., & Vandenbergue, L. (2016). A vida após o acidente vascular cerebral na perspectiva dos sobreviventes. Revista Eletrônica de Enfermagem, 18. https://doi.org/10.5216/ree.v18.34620

Silva, W. R., Bonafé, F. S. S., Marôco, J., Maloa, B. F. S., & Campos, J. A. D. B. (2018). Propriedades psicométricas do Instrumento de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde – Versão abreviada em adultos de língua portuguesa de três países diferentes. Trends Psychiatry Psychother, 40(2), 104–113. https://doi.org/10.1590/2237-6089-2017-0058

Silva, É. C., & Heleno, M. G. V. (2012). Qualidade de vida e bem-estar subjetivo de estudantes universitários. Revista Psicologia e Saúde, 4(1), 69–76. https://doi.org/10.20435/pssa.v4i1.126

Simeone, S., Savini, S., Cohen, M. Z., & Alvaro, R. R. (2015). The experience of stroke survivors three months after being discharged home: A phenomenological investigation. European Journal of Cardiovascular Nursing, 14(2), 162–169. https://doi.org/10.1177/1474515114522886

Terroni, L. M. N., Leite, C. C., Tinone, G., & Fráguas Jr., R. (2003). Depressão pós-AVC: Fatores de risco e terapêutica antidepressiva. Revista da Associação Médica Brasileira, 49(4), 450–459. https://doi.org/10.1590/S0104-42302003000400040

The WHOQOL Group. The World Health Organization quality of life assessment (WHOQOL): Position paper from the World Health Organization. Social Science & Medicine, 41(10), 1403–1409. https://doi.org/10.1016/0277-9536(95)00112-K

Trad, L. I. A., Pereira, A. P. A., & Baptista, M. N. (2017). Suporte social e aspectos ocupacionais do adulto jovem após acidente vascular cerebral. Psicologia, Saúde e Doenças, 18(2), 474–483. http://dx.doi.org/10.15309/17psd180215

Thrift, A. G., Thayabaranathan, T., Howard, G., Howard, V. J., Rothwell, P. M., Feign, V. L., Norrving, B., Donnan, G. A., & Cadilhac, D. A. (2017). Global Stroke statistics. International Journal of Stroke, 12(1), 13–32. https://doi.org/10.1177/1747493016676285

Vignola, R. C. B., & Tucci, M. A. (2014). Adaptation and validation of the Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS) to Brazilian Portuguese. Journal of Affective Disorders, 155, 104–109. https://doi.org/10.1016/j.jad.2013.10.031

Williams, L. S., Weinberger, M., Harris, L. G., Clark, D. O., & Biller, J. (1999). Development of a stroke-specific quality of life scale. Stroke, 30(7), 1362–1369. https://doi.org/10.1161/01.str.30.7.1362

Downloads

Publicado

2023-03-23

Como Citar

Thums, L., & Rodrigues, J. de C. . (2023). Bem-Estar Subjetivo, Qualidade de Vida e Sintomas Psicológicos em Adultos após Acidente Vascular Cerebral. Revista Psicologia E Saúde, 14(4), 85–98. https://doi.org/10.20435/pssa.v14i4.2045

Edição

Seção

Artigos