Estresse Ocupacional, Dor e Resiliência em Servidores Penitenciários

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/pssa.v15i1.2159

Palavras-chave:

saúde do trabalhador, estresse ocupacional, dor musculoesquelética, resiliência psicológica, prisões

Resumo

Introdução: em trabalhadores penitenciários, evidenciam-se riscos de estresse ocupacional e dor e busca-se compreender como estes enfrentam as adversidades do ambiente laboral e o papel da resiliência. Métodos: pesquisa transversal, descritiva e analítica com 33 servidores penitenciários. Utilizado questionário laboral e clínico, escalas validadas de: Estresse no Trabalho, Escala Visual Numérica de Dor e de Resiliência. Resultados: 67% apresentaram nível moderado de estresse. Servidores que consideram o trabalho estressante apresentaram nível moderado de estresse (p = 0,040). Participantes apresentaram nível moderado de resiliência. Estresse foi correlacionado à intensidade da dor e não foi associado com resiliência. Discussões: constatou-se associação entre estresse e a intensidade da dor musculoesquelética, sem correlação com a resiliência e com o perfil dos trabalhadores. Conclusões: presença de estresse ocupacional e dor musculoesquelética, independentemente da resiliência, constituem indicadores importantes sobre as condições de saúde desses profissionais.

Biografia do Autor

Kátrin Isabeli Dreschler Corrêa, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Mestra em Atenção Integral à Saúde pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), em ampla associação com a Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ). Especialista em Saúde Mental e Psicóloga pela UNIJUÍ.

Christiane de Fátima Colet, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Doutora e mestra em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora do Programa de Pós-Graduação em Atenção Integral à Saúde e do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), Ijuí, RS.

Sabrina Azevedo Wagner Benetti, Universidade Federal de Santa Maria

Doutoranda em Enfermagem na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestra em Atenção Integral à Saúde pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), em ampla associação com a Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ). Enfermeira pela UFSM.

Carmen Cristiane Schultz, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Mestra em Atenção Integral à Saúde pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), em ampla associação com a Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ). Enfermeira pela UNIJUÍ, Ijuí, RS.

Cíntia Beatriz Goi, Escola Superior de Educação Politécnico do Porto

Mestra em Educação – Especialização em Educação e Formação de Adultos pela Escola Superior de Educação (ESE) no Instituto Politécnico do Porto (IPP), em Portugal. Enfermeira pela Escola Superior de Educação Politécnico do Porto, Porto, Portugal.

Eniva Miladi Fernandes Stumm, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Docente do Programa de Pós-Graduação em Atenção Integral à Saúde e do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), Ijuí, RS.

Referências

Arvidsson, I., Simonsen, J. G., Lindegård-Andersson, A., Björk, J., & Nordander, C. (2020). The impact of occupational and personal factors on musculoskeletal pain – a cohort study of female nurses, sonographers and teachers. BMC Musculoskeletal Disorders, 21(621), n.p. https://bmcmusculoskeletdisord.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12891-020-03640-4

Benetti, S. A. W., Goi, C. B., Benetti, M., Frizzo, M. N., Benetti, E. R. R., Dezordi, C. C. M., & Stumm, E. M. F. (2017). Occupational stress and its relationship with sociodemographic variables in penitentiary servants. International Journal of Innovation Education and Research, 5(11), 150–160. https://www.ijier.net/index.php/ijier/article/view/860/656

Costello, E., Bogue, J. E., Sarma, K., & McGuire, B. E. (2015). Chronic pain in Irish prison officers: profile and predictors of pain-related disability and depression. Pain Medicine, 16(12), 2292–2301. https://doi.org/10.1111/pme.12822

Ellison, J. M., & Caudill, J. W. (2020). Working on local time: Testing the job-demand-control-support model of stress with jail officers. Journal of Criminal Justice, 70, n.p. https://doi.org/10.1016/j.jcrimjus.2020.101717

Fusco, N. D., Ricciardelli, R., Jamshidi, L., Carleton, R. N., Barnim, N., Hilton, Z., & Groll, D. (2021). When our work hits home: Trauma and mental disorders in correctional officers and other correctional workers. Frontiers in Psychiatry, 11, 493391. https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.493391

García, I. V. V., & Gambarte, I. G. (2019). La resiliencia como factor protector del estrés crónico en docentes. European Journal of Investigation in Health, Psychology and Education, 9(3), 159–175. https://doi.org/10.30552/ejihpe.v9i3.332

Graça, B. C., Nascimento, V. F., Felipe, R. N. R., Andrade, A. C. S., Atanaka, M., & Terças-Trettel, A. C. P. (2020). Uso da auriculoterapia no controle da lombalgia, ansiedade e estresse de profissionais do sistema penitenciário. Brazilian Journal of Pain, 3(2), 142–146. https://doi.org/10.5935/2595-0118.20200025

Hines, S. E., Chin, K. H., Glick, D. R., & Wickwire, E. M. (2021). Trends in moral injury, distress, and resilience factors among healthcare workers at the beginning of the COVID-19 pandemic. International Journal of Environmental Research and Public Health, 18(2), 488. https://doi.org/10.3390/ijerph18020488

Jesus, S. R., Felippe, A. M., & Silva, Y. V. (2021). Vulnerabilidade ao estresse entre agentes de segurança penitenciários. Psicologia: Ciência e Profissão, 41(2), 1–18. https://doi.org/10.1590/1982-3703003197193

Klinoff, V. A., Hasselt, V. B. V., Black, R. A., Masias, E. V., & Couwels, J. (2018). The assessment of resilience and burnout in correctional officers. Criminal Justice and Behavior, 45(8), 1213–1233. https://doi.org/10.1177/0093854818778719

Lambert, E. G., Keena, L. D., Haynes, S. H., May, D., & Leone, M. C. (2020). Predictors of job stress among southern correctional staff. Criminal Justice Policy Review, 31(2), 309–331. https://doi.org/10.1177/0887403419829211

Macedo, A. B. T., Antoniolli, L., Dornelles, T. M., Hansel, L. A., Tavares, J. P., & Souza, S. B. C. (2020). Estresse psicossocial e resiliência: Um estudo em profissionais da enfermagem. Revista de Enfermagem da UFSM, 10, e25. https://doi.org/10.5902/2179769235174

Maekawa, L. S., Côrrea, P. N. S. A., Araújo, S. A., Carvalho, M. T. M., Silva, R. J., & Alves, M. G. (2020). Estresse em agentes penitenciários de um presídio do interior de Minas Gerais. Psicologia e Saúde em Debate, 6(2), 373–387. https://doi.org/10.22289/2446-922X.V6N2A25

Naime, F. F. (2013). Manual do tratamento da dor: Dor aguda e dor de origem oncológica – tratamento não invasivo. Manole.

Paschoal, T., & Tamayo, A. (2004). Validação da escala de estresse no trabalho. Estudos de Psicologia, 9(1), 45-52. https://doi.org/10.1590/S1413-294X2004000100006

Pesce, R. P., Assis, S. G., Avanci, J. Q., Santos, N. C., Malaquias, J. V., & Carvalhaes, R. (2005). Adaptação transcultural, confiabilidade e validade da escala de resiliência. Cadernos de Saúde Pública, 21(2), 436–448. http://www.scielo.br/pdf/csp/v21n2/10.pdf

Reinert, F., Vergara, L. G. L., & Gontijo, L. A. (2021). Análise das condições de trabalho de agentes penitenciários: Estudo de caso do presídio masculino de Florianópolis. In C. F. Rosa, H. A. Holzmann, & J. Dallamuta, Gestão em engenharia de produção: Agregando competitividade nas organizações (pp. 14-27). Atena.

Santos, E. C., Andrade, R. D., Lopes, S. G. R., & Valgas, C. (2017). Prevalence of musculoskeletal pain in nursing professionals working in orthopedic setting. Revista Dor, 18(4), 298–306. https://doi.org/10.5935/1806-0013.20170119

Santos, P. R. (2020). Agente penitenciário: Os efeitos do estresse. Revista Cathedra,1(1), 48–60. https://univale.com.br/content/uploads/2021/04/CATHEDRA-Edi%C3%A7%C3%A3o-1-Volume-1-2020.pdf

Silva, A. M. M., Correia, G. C., & Joia, L. C. (2021). Fatores e tipos de acidentes de trabalho em militares: Uma revisão bibliográfica. Revista das Ciências da Saúde e Ciências Aplicadas do Oeste Baiano-Higia, 6(1), 197–216. http://fasb.edu.br/revista/index.php/higia/article/view/639

Soteriades, E. S., Psalta, L., Leka, S., & Spanoudis, G. (2019). Occupational stress and musculoskeletal symptoms in firefighters. International Journal of Occupational Medicine and Environmental Health, 32(3), 341–352. https://doi.org/10.13075/ijomeh.1896.01268

Warren, N., Dussetschleger, J., Punnett, L, & Cherniack, M. G. (2015). Musculoskeletal disorder symptoms in correction officers: Why do they increase rapidly with job tenure? Human Factors, 57(2), 262–275. http://doi.org/10.1177/0018720814547569

Winter, L. E., & Alf, A. M. (2019). A profissão do policial militar: Vivências de prazer e sofrimento no trabalho. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, 19(3), 671–678. http://doi.org/10.17652/rpot/2019.3.13214

Downloads

Publicado

2024-04-23

Como Citar

Corrêa, K. I. D. ., Colet, C. de F., Benetti, S. A. W. ., Schultz, C. C. ., Goi, C. B., & Stumm, E. M. F. . (2024). Estresse Ocupacional, Dor e Resiliência em Servidores Penitenciários. Revista Psicologia E Saúde, 16(2), e1622159. https://doi.org/10.20435/pssa.v15i1.2159

Edição

v. 16, jan./dez. 2024

Seção

Artigos

Licença

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Os artigos publicados na Revista Psicologia e Saúde têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.