Relações Familiares e Alienação Parental após a Dissolução da Conjugalidade
DOI:
https://doi.org/10.20435/pssa.v15i1.1822Palavras-chave:
alienação parental, divórcio, família, conjugalidade, relações familiaresResumo
Introdução: Esta pesquisa centra-se nas relações conjugais e parentais no contexto do divórcio, no que se refere aos fatores de risco e de proteção familiar à alienação parental. O objetivo foi conhecer as relações parentais após a dissolução da conjugalidade em casais divorciados com filhos na idade entre quatro e onze anos. Métodos: Trata-se de pesquisa qualitativa com abordagem de estudo de caso. Responderam à entrevista semiestruturada dois pais e três mães que possuíam filhos com o ex-cônjuge. Resultados: Os entrevistados relataram vivenciar conflitos no período de separação. No envolvimento parental que poderia funcionar como um fator de proteção, foi apontada a necessidade de maior participação por parte do ex-cônjuge na vida dos filhos. Os participantes ainda relataram ter consciência a respeito da alienação parental e afirmaram buscar evitar relacionamentos neste sentido. Discussões e Conclusões: Os conflitos nas relações podem afetar o desenvolvimento dos filhos e acometer indicativos para alienação parental. O processo de divórcio evoca fatores estressores e conflituosos, podendo modificar a estrutura da família e seu funcionamento. Um bom relacionamento entre os cônjuges pode evitar que situações de alienação parental ocorram.
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