Qualidade de Vida e Transtornos Psíquicos Menores em Seminaristas Católicos

Authors

  • Denisval Pereira Andrade Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).
  • José Carlos Souza Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).
  • Mirna Torres Figueiró Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).
  • Karina Oliveira Andrade Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
  • Vinicius Oliveira Andrade Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

DOI:

https://doi.org/10.20435/pssa.v9i1.562

Keywords:

religiosidade, qualidade de vida, transtornos psíquicos menores, seminaristas católicos.

Abstract

A religiosidade e a espiritualidade sempre foram consideradas importantes elementos de suporte para as pessoas que sofrem e/ou estão doentes. Objetivo: Avaliar a Qualidade de Vida (QV) geral e a prevalência de transtornos psíquicos menores nos seminaristas católicos. Método: Um estudo de corte transversal, descritivo e comparativo. Foram entrevistados 68 seminaristas católicos por meio dos questionários sociodemográfico, World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-100) e Self Report Questionnaire (SRQ-20). Resultados: A avaliação da QV mostrou-se alta em todos os domínios investigados. Com relação ao cruzamento entre as dimensões do WHOQOL-100 e a presença/ausência de sofrimento mental, em todos os domínios do instrumento de qualidade de vida, e SRQ-20, houve diferença significativa, demonstrando que os candidatos que possuíam sofrimento mental estavam piores em relação aos que não possuíam em todos os domínios do WHOQOL-100. Conclusão: A QV dos seminaristas foi boa e a prevalência de transtornos psíquicos menores não foi significante.

Author Biographies

Denisval Pereira Andrade, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

Possui graduação em Psicologia, Bacharel e Licenciatura pela Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso, Mestrado em Psicologia da Saúde pela Universidade Católica Dom Bosco, Presidente do Instituto Milton Hyland Erickson de Campo Grande, vinculado ao Instituto Milton Erickson Foundation com sede na cidade de Phoenix, Arizona-EUA. Professor e supervisor do Instituto CrerSer e Instituto Milton Erickson de Campo Grande que oferece Cursos em Psicoterapia e Hipnoterapia Ericksoniana, Formação Sistêmica Fenomenológica Familiar.É menbro do Hellinger Sciencia e realiza atendimento como Psicólogo Clínico em Campo Grande nas seguintes abordagens: Psicoterapeuta Sociopsicomotricista Ramain Thiers, Hipnoterapeuta Ericksoniano, Logoterapeuta, Abordagens Sistêmicas.

José Carlos Souza, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

Possui graduação em Ciências da Saúde(Medicina) pela Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1989); Residência Médica no Hospital do Juqueri,Franco da Rocha,São Paulo(1990-1992), com o título de Especialização em Psiquiatria pela Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Psiquiatria(1998);título de Especialização em Administração Hospitalar pela Universidade de Ribeirão Preto(1991) e título de Especialização em Medicina do Sono pela Associação Médica Brasileira, Associação Brasileira de Sono e Associação Brasileira de Psiquiatria (2013); Mestrado acadêmico interdisciplinar em Psicologia da Saúde pela Universidade Católica Dom Bosco (1998), Doutorado em Ciências Médicas na área de Saúde Mental pela Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP (2001) e Pós-doutorado em Saúde Mental pelo Instituto de Medicina Molecular, da Faculdade de Medicina, da Universidade de Lisboa - Portugal (2004). Atualmente,é professor-tutor do curso de Medicina da Fundação Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul,Campo Grande,MS.Professor dos cursos de pós-graduação do Instituto Liberalimes-UNIASSELVI e do Centro de Educação Humana Educação para toda a vida (FATHEL). É professor convidado do Mestrado em Medicina do Sono do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa,Portugal. Orienta monografias,dissertações de mestrado e teses de doutorado na área de saúde mental, hábitos e distúrbios do sono e suas influências no processo de aprendizagem, qualidade de vida geral, relacionada à saúde e ao trabalho,em comunidades urbanas, comunidades indígenas e quilombolas. Possui experiência na área de Medicina, Psicopatologia,Neurociências, Psicofarmacologia e Medicina do Sono. Autor de diversos livros e artigos científicos, também livros de poesias, palestrante em escolas e eventos científicos, coordenador do Grupo de Pesquisas do CNPq "Sono e seus distúrbios"; parecerista de revista científicas. Atua em consultório médico particular como médico psiquiatra clínico. Participa do movimento médico a favor do término do horário de verão e contra a mudança do horário dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, igualando-se ao horário de Brasília. Inclusive o Conselho Municipal de Saúde de Campo Grande, MS, embasou-se no parecer técnico do Dr. José Carlos Rosa Pires de Souza para se posicionar contra a mudança do horário.

 

Mirna Torres Figueiró, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

Psicóloga Clínica graduada pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) em Campo Grande/MS. Mestre em Psicologia (bolsista CAPES), área de concentração Psicologia da Saúde pela UCDB - Campo Grande/MS (nota CAPES 4). Especialista em Psicoterapia Psicanalítica da Infância e Adolescência pelo Sapiens - Instituto de Pesquisas Psicossociais - Campo Grande - MS

 

Karina Oliveira Andrade, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Mestre em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Cursando especialização em Avaliação Psicológica. Graduação em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco (2014).

Vinicius Oliveira Andrade, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Estudou Medicina pela Universidade Federal da Grande Dourados UFGD no período de 2011 à 2016, foi Coordenador geral/discente no Projeto de Implantação da Liga acadêmica de Psiquiatria na UFGD, participou como rondonista do Projeto Rondon Operação Jenipapo em 2015.

References

Beck, C. L. C., Budó, M. L., & Bracini, M. A. (1999). Qualidade de vida na concepção de um grupo de professoras de Enfermagem: Elementos para reflexão. Revista da Escola de Enfermagem, 33(4), 354-84. Disponível em http://www.ee.usp.br/reeusp/upload/pdf/468.pdf

Benelli, S. J. (2007, nov./dez.). Operadores e paradigmas eclesiais na formação do clero. Fragmentos de Cultura, 17(6), 1095-117.

Brasil. (1996, outubro 10). Resolução MS/CNS n. 196. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/1996/res0196_10_10_1996.html

Calman, K. (1987). Definitions and dimensions of quality of life. In N. Aaronson, & J. Beckmann (Eds.). The quality of life cancer patients (pp.1-9). New York: Raven Press.

Cerchiari, E.A.N. (2004). Saúde mental e qualidade de vida em estudantes universitários. Campinas (Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas, SP, Brasil).

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. (1995). Formação dos presbíteros da igreja no Brasil: Diretrizes básicas. São Paulo: Paulinas.

Coren, S. (1998). Ladrões do sono. Rio de Janeiro: Cultura.

Costa, J. S. D. et al. (2002). Prevalência de transtornos psiquiátricos menores na cidade de Pelotas, RS. Rev. Bras. Epidemiol., 5(2). Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php? pid=S1415-790X2002000200004 &script=sci_arttext

Coutinho, E. S. F., Almeida Filho, N., & Mari, J. J. (1999). Fatores de risco para morbidade psiquiátrica menor: Resultados de um estudo transversal em três áreas urbanas no Brasil. Rev Psiq Clín, 26(5), 346-56. Disponível em http:/www.hcnet.usp.br/ipq/revista

Duckro, P. N. et al. (1992). Psychotherapy with religious professionals: An aspect of the interface of psychology and religion. Psychological Reports, 70, 304-6.

Fernandes, C. P. (2007). Um programa de qualidade de vida voltado para seu bem-estar. In R. Vilarta & G. L. Gutierrez (Orgs.). Qualidade de vida em propostas de intervenção corporativa. Campinas, SP: Ipes Editorial.

Fleck, M. P. A. et al. (1999). Desenvolvi­mento da versão em ­português do instrumento de avaliação de qualidade de vida da OMS (WHOQOL-100). Revista Brasileira de Psiquiatria, 21(1), 19-28. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S151644461999000100006

Fleck, M. P. A. (2000). O instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL-100): Características e perspectivas. ABRASCO – Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 5(1), 33-8.

Fleck, M. P. A. et al. (2008). A avaliação de qualidade de vida: Guia para profissionais da saúde. Porto Alegre, RS: Artmed.

Harding, T. W. et al. (1980). Mental disorders in primary health care: A study of the frequency and diagnosis in four developing countries. Psychol Med, 10, 231-41.

Kretzer, A. A. (2009, janeiro). Seminários católicos: “escolas cristãs modelares”. Revista Brasileira de História das Religiões, I(3). Disponível em http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pdf2/texto%2012.pdf

Lima, M. S. et al. (1996). Stressful life events and minor psychiatric disorders: An estimate of the population attributable fraction in a Brazilian community-based study. Int J Psychiatry Med, 2(26), 211-222.

Lisboa, C., Koller, S. H., Ribas, F. F., Bitencourt, K., Oliveira, L., Porciuncula, L. P., & De Marchi, R. B. (2002). Estratégias de coping de crianças vítimas e não vítimas de violência doméstica. Psicologia Reflexão e Crítica, 15(2), 345-62. Disponível em www.scielo.br/pdf/prc/v15n2/14358.pdf

Mari, J. J. et al. (1987). Detection of psychiatric morbidity in the primary medical care setting in Brazil. Rev. Saúde Públ., 21(6), 501-7.

Menezes, P. R. (1996). Princípios de epidemiologia psiquiátrica. In O. P. Almeida, L. Dratcu, & R. Laranjeira (Orgs.). Manual de psiquiatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Moore, T. V. (1936). Insanity in priests and religious. Ecclesiastical Review, 95, 485-98.

Neto, F. L. (1997). Psiquiatria e religião: A prevalência de transtornos mentais entre ministros religiosos (Tese de Livre-Docência, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil).

Oliveira, D. A. (2007). Da ordem econômica constitucional à luz do princípio da dignidade da pessoa humana: Um enfoque ao art. 170 da Constituição Federal (Dissertação de Mestrado, Universidade de Marília, Marília, SP, Brasil).

Pacheco, J. B. (2009). Qualidade de vida, segregação socioespacial e verticalização da habitabilidade. Ciências Humanas em Revista, 7(1).

Santos, M. E. S. B. (2002). Transtornos mentais comuns em pacientes com AIDS que fazem uso de anti-retrovirais no Estado de São Paulo, Brasil (Dissertação de Mestrado, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil).

Souza, J. C., & Guimarães, L. A. M. (1999). Insônia e qualidade de vida. Campo Grande, MS: Editora UCDB.

Straub, O. (2005). Psicologia da saúde. Porto Alegre, RS: Artmed.

World Health Organization (1946). Constitution of the World Health Organization. Basic Documents. Genebra: WHO.

World Health Organization (2000). International Consortium in Psychiatric Epidemiology. Cross-national comparisons of the prevalences and correlates of mental disorders. Bull World Health Organ, 78(4), 413-26.

WHOQOL Group. (1994). The development of the World Health Organization Quality of Life Assessment Instrument (the WHOQOL). In J. Orley, & W. Kuyken. Quality of life assessment: international perspectives (pp. 41-60). Heidelberg: Springer Verlag.

Yamada, B. F. A. (2001). Qualidade de vida de pessoas com úlceras venosas crônicas (Dissertação de Mestrado, Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil).

Zanon, U. (2001). Qualidade da assistência médico-hospitalar: Conceito, avaliação e discussão dos indicadores de qualidade. São Paulo: Medsi.

Downloads

Published

2017-04-27

How to Cite

Andrade, D. P., Souza, J. C., Figueiró, M. T., Andrade, K. O., & Andrade, V. O. (2017). Qualidade de Vida e Transtornos Psíquicos Menores em Seminaristas Católicos. Revista Psicologia E Saúde, 9(1). https://doi.org/10.20435/pssa.v9i1.562

Issue

v. 9, n. 1, jan./abr. 2017

Section

Articles

License

The articles published on journal Psicologia e Saúde holds the copyrights of all texts published by it. Due to that, there is a demand for a letter of copyright cession (see Appreciation). The full reproduction of any article of this Journal in other publications, by any means, requires a written authorization of the Editorial Board. Partial reproductions of articles (abstracts, more than 500 words of text, tables, pictures and other illustrations, sound files) should have the written permission of the Editorial Board and the Authors.