Estresse Traumático Secundário em Psicólogos

Autores/as

  • Elisa Kern de Castro Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
  • Thaís Massom Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
  • Patrícia Dalagasperina Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

DOI:

https://doi.org/10.20435/pssa.v9i3.554

Palabras clave:

transtorno de estresse pós-traumático, estresse traumático secundário, psicologia.

Resumen

Este estudo avaliou a relação entre dimensões de Estresse Traumático Secundário (trauma, antecedentes, personalidade e consequências) e características do trabalho de psicólogos que atuam na área da saúde. Participaram 138 psicólogos que responderam de forma on-line três questionários sobre estresse pós-traumático e trauma secundário. Para análise dos dados, utilizou-se o SPSS. Os resultados demonstraram que a escala de personalidade do ETS teve correlação negativa e significativa, porém de intensidade fraca, com a idade e horas trabalhadas. Observou-se também que é possível que os profissionais mais jovens apresentem maior risco para ETS quando combinadas às características positivas de personalidade. Profissionais com características de empatia, satisfação, capacidade de compreensão e desafio podem se sentir envolvidos e motivados com seu trabalho. Desta forma, os aspectos positivos de personalidade podem ser um fator que os torna vulneráveis ao adoecimento. 

Biografía del autor/a

Elisa Kern de Castro, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Professora e atual coordenadora executiva do PPG Psicologia da UNISINOS. Psicóloga graduada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), mestre em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Doutora em Psicologia Clínica e da Saúde pela Universidade Autônoma de Madri, com estágio Pós-doutoral na Universidade de Salamanca (Espanha). Pesquisadora do CNPq.

Thaís Massom, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

Graduada em Psicologia (UNISINOS)

Patrícia Dalagasperina, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

Psicóloga, mestre e doutoranda em Psicologia (UNISINOS).

Citas

American Psychiatric Association (1995). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM IV. Porto Alegre: Artes Médicas.

Araujo, A. C., & Lotufo Neto, F. (2014). A nova classificação americana para os transtornos mentais: O DSM-5. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 16(1), 67-82.

Berger, W., Mendlowicz, M. V., Souza, W. F., & Figueira, I. (2004). Equivalência semântica da versão em português da Post-traumatic Stress Disorder Checklist – Civilian Version (PCL-C) para rastreamento do transtorno de estresse pós-traumático. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 26(2), 167-75.

Brasil. (2012). Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466 de 12 de dezembro de 2012. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF.

Bringhenti, M. E., Luft, C. D. B., & Oliveira, W. F. (2010). Transtorno de estresse pós-traumático em acidentes de trânsito: Validação da escala. Psico-USF, 14(2), 193-203.

Dalagasperina, P. (2015). Validação do Cuestionario de Estrés Traumatico Secundario: Um estudo piloto. [resumo]. Contextos Clínicos, 8, 218.

Dalagasperina, P. (no prelo). Estresse Traumático Secundário e Síndrome de Burnout em profissionais da saúde (Tese de doutorado em andamento, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, RS).

Devilly, G. J., Wright, R., & Varker, T. (2009). Vicarious trauma, secondary traumatic stress or simply burnout? Effect of trauma therapy on mental health professionals. Australian and New Zealand Journal of Psychiatry, 43(4), 373-85.

Fernandes, E., & da Maia, A. C. (2008). Impacto do exercício de psicoterapia nos psicoterapeutas. Análise Psicológica, 26(1), 47-58.

Figley, C. R.(1995). Compassion fatigue: Coping with secondary traumatic stress disorder in those who treat the traumatized. New York: Routledge.

Figley, C. R. (1998). Burnout as systematic traumatic stress: A model for helping traumatized family members. In C. Figley (Ed.), Burnout in families: The systemic costs of caring (pp. 15-28). Boca Raton: CRC Press.

Ghahramanlou, M., & Brodbeck, C. (2000). Predictors of secondary trauma in sexual assault trauma counselors. Journal Emergence Mental Halth, 2(4), 229-40.

Kadambi, M. A., & Truscott, D. (2004). Vicarious trauma among therapists working with sexual violence, cancer, and general practice. Canadian Journal of Counselling, 38(4), 260-76.

Kintzle, S., Yarvis, J. S., & Bride, B. E. (2013). Secondary traumatic stress in military primary and mental health care. Military Medicine, 178(12), 1310-5.

Meda, R., Moreno-Jiménez, B., Palomera, S., Arias, E., &Vargas, R. (2012). La evaluación del estrés traumático secundario. Estudio comparado en bomberos y paramédicos de los servicios de emergencia de Guadalajara, México. Terapia Psicológica, 30(2), 31-41.

Meira, C. H. M. G., & Nunes, M. L. T. (2005). Psicologia clínica, psicoterapia e o estudante de psicologia. Paidéia, 15(32), 339-43.

Moreno-Jiménez, B. M., Benadero, M. E. M., Carvajal, R. R., & Muñoz, A. R. (2008). Resistencia y vulnerabilidad ante el trauma: El efecto moderador de las variables de personalidad. Psicothema, 20(1), 124-30.

Moreno-Jiménez, B. M., Natera, N. I. M., Muñoz, A. R., & Benadero, M. E. M. (2006). La personalidad resistente como variable moduladora del síndrome de burnout en una muestra de bomberos. Psicothema, 18(3), 413-8.

Moreno-Jiménez, B., Morante, M. E., Garrosa, E., & Rodriguez, R. (2004a). Estrés Traumático Secundario: el coste del cuidar el trauma. Psicología Condutual, 12(2), 215-231.

Moreno-Jimenez, B., Morante, M. E., Rodríguez M., A., & Garrosa, E. (2004b). Secondary traumatic stress as psychosocial emergent risk. Paper presented at the 18th Annual Conference of the European Health Psychology Society, Helsinki.

Oliveira, S. M. D. (2008). Traumas de guerra: Traumatização secundária das famílias dos ex-combatentes da guerra colonial com PTSD (Dissertação de Mestrado em Psicologia, Universidade de Lisboa, Portugal).

Robinson-Keilig, R. (2014). Secondary traumatic stress and disruptions to interpersonal functioning among mental health therapists. Journal of Interpersonal Violence, 29, 1477-96.

Ruggiero, K. J., Del Ben, K., Scotti, J. R., & Rabalais, A. E. (2003). Psychometric properties of the PTSD Checklist - Civilian version. Journal of Traumatic Stress, 16(5), 495-502.

Sbardelloto, G., Schaefer, L. S., Lobo, B. D. O. M., Caminha, R. M., & Kristensen, C. H. (2012). Processamento cognitivo no transtorno de estresse pós-traumático: Um estudo teórico. Interação em Psicologia, 16(2), 261-9.

Schwartz, L. A., Kazak, A. E., DeRosa, B. W., Hocking, M. C., Hobbie, W. L., & Ginsberg, J. P. (2012). The role of beliefs in the relationship between health problems and posttraumatic stress in adolescent and young adult cancer survivors. Journal of Clinical Psychology in MEDICAL SETTINGS, 19(2), 138-46.

Shoji, K., Lesnierowska, M., Smoktunowicz, E., Bock, J., Luszczynska, A., Benight, C. & Cieslak, R. (2015). What comes first, job burnout or secondary traumatic stress? Findings from two longitudinal studies from the U.S. and Poland. Plos One 10(8), 1-15.

Simpson, L. R., & Starkey, D. S. (2006). Secondary traumatic stress, compassion fatigue, and counselor spirituality: Implications for counselors working with trauma. Disponível em https://pegasus.cc.ucf.edu/~drbryce/Compassion%20Fatigue.pdf

Publicado

2018-03-23

Cómo citar

Kern de Castro, E., Massom, T., & Dalagasperina, P. (2018). Estresse Traumático Secundário em Psicólogos. Revista Psicologia E Saúde, 10(1), 115–125. https://doi.org/10.20435/pssa.v9i3.554

Número

Sección

Relatos de pesquisa