Otimismo, Autoeficácia e Lócus de Controle na Adesão ao Tratamento de Pessoas Hipertensas
DOI:
https://doi.org/10.20435/pssa.v11i3.691Palabras clave:
adesão ao tratamento, otimismo, autoeficácia, lócus de controle, hipertensãoResumen
Este estudo analisou a relação do otimismo, da autoeficácia e do lócus de controle na adesão ao tratamento de pessoas hipertensas, bem como os principais preditores da adesão na amostra selecionada, considerando-se as variáveis sociodemográficas e os construtos psicológicos avaliados. A amostra foi composta de 100 hipertensos, e foram utilizados cinco instrumentos: questionário sociodemográfico e clínico, a Escala de Adesão Terapêutica de Morisky, o Teste de Orientação na Vida, a Escala de Autoeficácia Geral Percebida e a Escala de Lócus de Controle da Saúde. Por meio da técnica de regressão logística, verificou-se que praticar atividade física, não consumir álcool, ter maiores pontuação no lócus de controle acaso e na autoeficácia foram preditores de média e alta adesão ao tratamento. Finalmente, os resultados demonstraram a necessidade de mais investigações acerca da relação entre variáveis psicológicas e aderência ao tratamento hipertensivo, especialmente no que se refere ao lócus de controle acaso e sua influência sobre os comportamentos de saúde.
Citas
Afonso, L. M. (2004). Acerca del concepto de adherencia terapéutica. Revista Cubana de Salud Pública, 30(4).
Almeida, P., Pereira, M. G., & Fontoura, M. (2012). Variáveis individuais e familiares na adesão ao tratamento, controle metabólico e qualidade de vida em adolescentes com diabetes tipo 1. Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, 15, 60-82.
Araújo, G. B. S., & Garcia, T. R. (2006). Adesão ao tratamento anti-hipertensivo: Uma análise conceitual. Revista Eletrônica de Enfermagem, 8(2), 259-272.
Avelino, R. P. (2014). Autoeficácia de pacientes com artrite reumatoide inicial e crônica: Uma análise comparativa (Monografia do curso de Terapia Ocupacional, Universidade de Brasília, Brasília, DF).
Aziz, J. L. (2014). Sedentarismo e hipertensão arterial. Revista Brasileira de Hipertensão, 21(2), 75-82.
Bandeira, M., Bekou, V., Lott, K. S., Teixeira, M. A., & Rocha, S. S. (2002). Validação transcultural do Teste de Orientação da Vida (TOV-R). Estudos de Psicologia, 7(2), 251-258.
Bandura, A. (1977). Self-Efficacy: Toward a unifying theory of behavioral change. Psychological Review, 84(2), 191-215.
Bandura, A. (2004). The growing primacy of perceived efficacy in human self-development, adaptation and change. In M. Salanova, R. Grau, I. M. Martinez, E. Cifre, S. Llorens, & M. García-Renedo (Eds.), Nuevos horizontes en la investigación sobre autoeficacia (pp. 33-51). Castellón: Colección Psyique.
Baptista, M. N., Santos, K. M., & Dias, R. R. (2006). Auto-eficácia, lócus de controle e depressão em mulheres com câncer de mama. Psicologia Argumento, 24(44), 27-36.
Bastianello, M. R., & Hutz, C. S. (2015). Do otimismo explicativo ao disposicional: A perspectiva da Psicologia Positiva. Psico-USF, 20(2), 237-247. doi: 10.1590/1413-82712015200205
Bernard, J. E. R. (2011). Variables psicosociales implicadas en el mantenimiento y control de la diabetes mellitus: Aspectos conceptuales, investigaciones y hallazgos. Revista Electrónica de Psicología Iztacala, 14(2), 126-162.
Brasil. Ministério da Saúde (MS). (2013). Vigitel Brasil 2012: Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção de Saúde. Brasília.
Brito, T. M., & Giorgi, D. M. A. (2012). Como diagnosticar e tratar hipertensão arterial sistêmica. Revista Brasileira de Medicina, 69(12), 6-15.
Carver, C. S., & Connor-Smith, J. (2010). Personality and coping. Annual Review of Psychology, 31, 679-704. doi: 10.1146/annurev.psych.093008.100352
Castro, E. K., Ponciano, C. F., & Pinto, D. W. (2010). Autoeficácia e qualidade de vida de jovens adultos com doenças crônicas. Revista Aletheia, 31, 137-148.
Damisch, L., Stoberock, B., & Mussweiler, T. (2010). Keep your fingers crossed! How superstition improves performance. Psychological Science, 21(7), 1014-1020. doi: 10.1177/0956797610372631
Day, L., & Maltby, J. (2003). Belief in good luck and psychological well-being: The mediating role of optimism and irrational beliefs. The Journal of Psychology: Interdisciplinary and Applied, 137(1), 99-110. doi: 10.1080/00223980309600602
García-Pérez, L. E., Álvarez, M., Dilla, T., Gil-Guillén, V., & Orozco-Beltrán, D. (2013). Adherence to therapies in patients with type 2 diabetes. Diabetes Ther, 4, 175–194. doi: 10.1007/s13300-013-0034-y
Gaspar, T., Ribeiro, J. L. P., Matos, M. G., Leal, I., & Ferreira, A. (2009). Optimismo em crianças e adolescentes: Adaptação e validação do LOT-R. Psicologia Reflexão e Crítica, 22(3), 439-446. doi: 10.1590/S0102-79722009000300015
Girotto, E., Andrade, S. M., Cabrera, M. A. S., & Matsuo, T. (2013). Adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico e fatores associados na atenção primária da hipertensão arterial. Ciência & Saúde Coletiva, 18(6), 1763-1772. doi: 10.1590/S1413-81232013000600027
Guedes, N. G., & Lopes, M. V. O. (2010). Exercício físico em portadores de hipertensão arterial: Uma análise conceitual. Revista Gaúcha de Enfermagem, 31(2), 367-374. doi: 10.1590/S1983-14472010000200023
Hair, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., & Tatham, R. L. (2009). Análise multivariada de dados (6a ed.). Porto Alegre: Bookman.
Helmer, S. M., Krämer, A., & Mikolajczyk, R. T. (2012). Health-related locus of control and health behaviour among university students in North Rhine Westphalia, Germany. BMC Research Notes, 5(1), 1-8. Disponível em https://bmcresnotes.biomedcentral.com/track/pdf/10.1186/1756-0500-5-703
Jesus, E. S., Augusto, M. A. O., Gusmão, J., Mion Júnior, D., Ortega, K., & Pierin, A. M. G. (2008). Perfil de um grupo de hipertensos: Aspectos biossociais, conhecimentos e adesão ao tratamento. Acta Paulista de Enfermagem, 21, 59-65.
Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure. (2004). The seventh report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure. JAMA, 289, 2560-2571.
Lima, T. M., Meiners, M. M. M. A., & Soler, O. (2010). Perfil de adesão ao tratamento de pacientes hipertensos atendidos na Unidade Municipal de Saúde de Fátima, em Belém, Pará, Amazônia, Brasil. Pan-Amazônica de Saúde, 1(2), 113-120. doi: 10.5123/S2176-62232010000200014
Lippke, S., Wiedemann, A. U., Ziegelmann, J. P., Reuter, T., & Schwarzer, R. (2009). Self-efficacy moderates the mediation of intentions into behavior via plans. American Journal of Health Behaviour, 33(5), 521-529. Disponível em http://userpage.fu-berlin.de/~health/hapa/lippke2009.pdf
Mata, L. R. F., Carvalho, E. C., Gomes, C. R. G., Silva, A. C., & Pereira, M. G. (2015). Autoeficácia e morbidade psicológica no pós-operatório de prostectomia radical. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 23(5), 806-813. doi: 10.1590/0104-1169.0456.2618
Medina, F. L., Lobo, F. S., Souza, D. R., Kanegusuku, H., & Forjaz, C. L. M. (2010). Atividade física: Impacto sobre a pressão arterial. Revista Brasileira de Hipertensão, 17(2), 103-106.
Morisky, D. E., Ang, A., Krousel-Wood, M., & Ward, H. J. (2008). Predictive validity of a medication adherence measure in an outpatient setting. The Journal of Clinical Hypertension, 10(5), 348-354.
Morowatisharifabad, M. A., Ghofranipour, F., Heidarnia, A., & Ruchi, G. B. (2006). Self-efficacy and health promotion behaviors of older adults in Iran. Social Behavior and Personality, 34(7), 759-768.
Nakamoto, A. Y. K. (2012). Hipertensão arterial sistêmica. Revista Brasileira de Medicina, 69(4), 78-86.
Nazareth, M., Richards, J., Javalkar, K., Haberman, C., Zhong, Y., Rak, E., Jain, N., Ferris, M., & Tilburg, M. A. L. (2015). Relating health locus of control to health care use, adherence, and transition readiness among youths with chronic conditions. Preventing Chronic Disease, 13(7). doi: 10.5888/pcd13.160046
Oliveira-Filho, A. D., Barreto-Filho, J. A., Neves, S. J. F., & Lyra, D. P., Jr. (2012). Relação entre a escala de adesão terapêutica de oito itens de Morisky (MMAS-8) e o controle da pressão arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 99(1), 649-658. doi: 10.1590/S0066-782X2012005000053.
Omeje, O., & Nebo, C. (2011). The influence of control on adherence to treatment regimen among hypertensive patients. Patient Preference and Adherence, 5, 141-148. doi: 10.2147/PPA.S15098
Organização Mundial da Saúde (OMS). (2013). A global brief on hypertension. Geneve: World Health Organization.
Organização Mundial da Saúde (OMS). (2014). Health statistics and information systems. Geneve: World Health Organization.
Ortega, K. C., Silva, G. V., & Mion, D., Jr. (2006). Hipertensão arterial sistêmica. Revista Brasileira de Medicina, 63, 19-28.
Ortiz, M. P., & Ortiz, E. P. (2007). Psicología de la salud: Una clave para comprender el fenómeno de la adherencia terapéutica. Revista Médica de Chile, 135(5), 647-652. doi: 10.4067/S0034-98872007000500014
Péres, D. S., Magna, J. M., & Viana, L. A. (2003). Portador de hipertensão arterial: Atitudes, crenças, percepções, pensamentos e práticas. Revista de Saúde Pública, 37(5), 635-642. doi: 10.1590/S0034-89102003000500014
Pessuto, J., & Carvalho, E. C. (1998). Fatores de risco em indivíduos com hipertensão arterial. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 6, 33-39.
Rabelo, D. F., & Cardoso, C. M. (2007). Auto-eficácia, doenças crônicas e incapacidade funcional na velhice. Psico-USF, 12, 75-81.
Rodrigues, D. N., & Pereira, C. A. A. (2007). A percepção de controle como fonte de bem-estar. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 7(3), 541-556.
Rodríguez-Rosero, J. E., Ferriani, M. G. C., & Dela Coleta, M. F. (2002). Escala de lócus de controle da saúde – MHLC: Estudos de validação. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 10(2), 179-184. doi: 10.1590/S0104-11692002000200009
Rotter, J. B. (1966). Generalized expectancies for internal versus external control of reinforcement. Psychological Monographs, 80(1), 1-28. doi: 10.1037/h0092976
Schwarzer, R. (2009). Everything you wanted to know about the General Self-efficacy Scale but were afraid to ask. Documentation of the General Self-Efficacy Scale. Disponível em http://userpage.fu-berlin.de/health/faq_gse.pdf
Shepperd, J. A., Maroto, J. J., & Pbert, L. A. (1996). Dispositional optimism as a predictor of health changes among cardiac patients. Journal of Research in Personality, 30, 517-534.
Sociedade Brasileira de Cardiologia. (2016). VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 107(3), 21-103.
Souza, I., & Souza, M. A. (2004). Validação da escada de auto-eficácia geral percebida. Revista da Universidade Rural do Rio de Janeiro Série Ciências Humanas, 26(1-2), 12-17.
Straub, R. O. (2014). Psicologia da saúde: Uma abordagem biopsicossocial (3a ed.). Porto Alegre: Artmed.
Wood, R., & Bandura, A. (1989). Impact of conceptions of ability on self-regulatory mechanisms and complex decision making. Journal of Personality and Social Psychology, 56(3), 407-415.
Archivos adicionales
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os artigos publicados na Revista Psicologia e Saúde têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.